
Estava abastecendo o meu carro no Posto Escola da Petrobras no Maracanã – em frente ao Cefet – quando, ao pegar umas moedas para dar de gorjeta à frentista, uma moeda de 50 centavos caiu de minhas mãos e rolou em direção à mureta.Ela correu pelo chão e chegou junto a um grupo de estudantes do Cefet, que conversava encostado na mesma.
Saí para pegar a mesma e qual não foi minha surpresa ao ver que uma das meninas, com uniforme, simplesmente pegou a moeda no chão, colocou no bolso e… não devolveu !Ainda olhou pra mim, fez cara de paisagem e continuou conversando como se nada tivesse acontecido. Pensei em ir lá e criar caso, mas acabei deixando pra trás – estava com pressa pois tinha de ir à Igreja e estava atrasado.
Este lamentável fato me faz pensar a quantas anda o conceito de ética no nosso país. Se uma garota de 16, 17 anos acha justo ficar com uma moeda que caiu no chão e tinha dono, o que não fará quando estiver formada ? Sim, pois quem rouba 50 centavos rouba 1 mil, rouba 1 milhão.
A verdade é que a ética é cada vez mais “flexível”. As coisas são éticas ou não de acordo com a conveniência pessoal de cada um.
Reclama-se dos políticos, mas reproduz-se o comportamento deles. Reclama-se do governo e se sonega impostos. Reclama-se do patrão sem ser eficiente.
Procura-se levar vantagem em tudo, e só falamos de honestidade quando convém. Se tornou um conceito relativo.
E pensar que eu aprendi que não se deve ficar com nada que não é nosso, e passo isso para minhas filhas. Acho que estou ficando velho… Mas honesto, o que é mais importante.
Estou indignado. Pobre Cefet, pobre Brasil…
Nosso congresso, nosso governo são um retrato da nossa sociedade. Tocou no ponto. Muito bom!
Bruno, eu não aguento mais ver as pessoas reclamando e, elas mesmas, reproduzirem comportamentos.
bom dia migão,a escola verdadeira foi substituida pela escola das ruas,e a familia se omitindo só pode resultar nesta verdadeira barbárie em que vivemos atualmente,abraços e saudações rubro-negras,ronaldo angelim.
Ronaldo, não é somente a família não, penso que o “caldo de cultura” em volta tem muito a ver com isso.
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Não é assim, candango Ronaldobina Derly?
Abraços.
Boa tarde!
Sabe Migão, tenho por hábito, toda a 3ª ou 5ª ( na quarta não pq tem futebol,hehe), combinar um jantar com minha irmã e mais uma velha amiga, mais a irmã dela, pra conversarmos sobre tudo, e (quase)todos.
E papo vai, papo vem, acabamos sempre tendo a certeza de que só faltam as bolas de fogo cruzarem o céu. Digo isso para compartilhar da sua indiganação e ilustrar o meu depoimento. Ao final do ano passado fui contratada por uma escola particular a dar aulas de reforço em química para alunos do terceirão. Olha, não quero fazer nenhum juízo de valor a respeito do que aqueles aborrecentes virão a ser, mas coisa boa dali, sei não.
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Sobre esta menina, pobres pais. Ou será que ela é mais uma cria órfã de pais vivos?
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Cara, você fez bem. Se fosse causar confusão por causa dessa moeda, com certeza ia acabar sobrando pro seu lado, como o vilão da história.
Lembrei de quando era criança,há muito tempo,e mamãe não deixava a gente ficar nem com borracha de apagar encontrada no chão;se não sabia de quem era tinha de entregar na secretaria da escola,não era minha,portanto não iria ficar.Vim lá do Idelber e fiquei curiosa com a história da moedinha.
Obrigado, Anunciação. Também fui ensinado a não ficar com nada do que era meu, como explico no texto.
Aproveito para convidar à leitura dos outros textos do post. Obrigado por comentar !
P.S. – Corrigindo: “do que NÃO era meu”.