Deixei pra escrever agora de manhã – to no intervalo da aula – porque, se escrevese ontem, corria sério risco de levar um processo.
A verdade é que o Flamengo acabou. Hoje o clube vive da paixão de seus torcedores.
Temos um modelo de gestão que é exatamente o mesmo desde 1980. Os dirigentes, com exceção do nefasto Kleber Leite, também são praticamente os mesmos desde aquela época. Ou, tal capitanias hereditárias, são filhos daqueles dirigentes.
Nossa “cultura organizacional” está baseada na vagabundagem e na bagunça. Não há a menor organização, não há sequer resquício de gestão, não há cuidado no trato das coisas do clube, os controles internos são inexistentes. Entretanto, todo dirigente que entra inexoravelmente consegue dar um upgrade em sua vida pessoal.
Abro a revista “Fut” deste mês e vejo um “dipone” destes da vida, que se diz diretor de marketing do clube, dizer que “não interessa ao clube um processo de sócio torcedor porque a bilheteria é mais rentável”.
Isto é balela. Não interessa porque não interessa democratizar o clube. Para a diretoria atual, os torcedores são uma “gentalha” que só atrapalha. Quanto mais longe, melhor. Já li isso de pessoas ligadas ao clube.
A estrutura de poder do Flamengo é extremamente viciada. São sempre os mesmos, porque o modelo de poder (ultrapassado) é feito assim. Gente nova atrapalha, torcedor atrapalha.
Resultado: não temos gestão, o torcedor está distante do clube, não ganhamos mais nada que preste. Nos tornamos um clube regional. Em termos nacionais, somos um clube médio e olhe lá. Só que eu quero voltar a ser campeão brasileiro.
O Flamengo hoje se resume à sua torcida, pois como organização esportiva acabou. Só falta enterrar. A minha esperança é que este enterro seja feito o mais rápido possível, para que surja algo totalmente novo.
Só que eu olho para as alternativas nas eleições e só vejo “mais do mesmo”. Claro, a estrutura de poder do clube é feita para isso, para perpetuar esta estrutura arcaica e que não serve mais aos propósitos do clube – mas aos dirigentes…
Se não houver uma mudança radical na organização do clube, tendemos à extinção de direito, e não de fato. Mas isso só pode ocorrer, hoje, com a torcida junto. Só que quem está lá não larga o o$$o e quer o torcedor longe…
Quer saber ? O Leonardo tem razão. Vende o clube ! Se mudar a cultura da vagabundagem, o modelo de gestão e botar esta turma pra fora, já terá valido a pena.
P.S. – Sei que o texto não tá muito encadeado, mas ainda to meio desnorteado;
P.S.2 – Apesar da dramaticidade, falando friamente o Inter jogou melhor e mereceu vencer.
P.S.3 – O Vasco está começando a se organizar. Depois não reclamem se os caras ficarem muito à nossa frente. Deram oportunidade a torcida de poder votar com R$ 45 mensais, o que é bem razoável.
Perfeito, meu caro Migão! Já passou da hora dessa corja larga o o$$o. O Rubro-negro não aguenta mais tanta safadeza,tanto descaso com o torcedor e com o próprio clube.
bom texto.. com certeza precisamos modernizar o clube…. agora o Inter não foi melhor que o flamengo, perdemos porque somos infantis….
É isso, Migão.
Acho que o maior problema é que nossa torcida não é politizada, envolvida com as questões políticas do clube. Quando falo torcida falo de grupos, pois você ou eu sozinho jamais conseguiríamos alguma coisa. As organizadas não tem pensamento fiscalizatório e o clube segue “engessado” no que convém a eles, sem serem incomodados por algum grupo político de oposição de verdade. Falta isso. Um grupo político de oposição, que tenha projetos concretos e que consiga indicar um nome. Mas nome pra ganhar eleição ali é difícil, tem que ter o peso de um Zico, um Júnior ou o Leonardo. Fora isso não vejo como as coisas mudarem positivamente por lá.
eu quero o meu mengão de volta,nem são judas tadeu está dando conta,SOCORROOOOOOOOOOOO.
parabéns gigired,abraços migão,saudações.
ronaldo angelim.
Paulo, acabei de comentar com o Migão exatamente isso: Zico seria o melhor nome para a presidência. Júnior e Leonardo poderiam compôr essa linha de frente da diretoria. Mas outros nomes também teriam que ser agregados para um novo conceito de gestão.
Tem que se mudar o estatuto da entidade, mudar o modelo de administração e muitas reformas estruturais. Nomes como Márcio Braga e Kleber Leite tem que ser excomungados do nosso clube. Daqui a pouco vamos ver novamente o Kleber encher o bolso de dinheiro com as transações de jogadores vendendo o time atual até o início de Agosto. Ano passado, ele deixou o time capenga pelo resto do campeonato e esse ano já está contratando Adrianos, Pets e outros menos cotatos que vem de bucha para tapar buraco. O fato é que o Flamengo tem que fazer pontos no início do campeonato porque depois com a barca do Kleber vai ficar muito capenga. Até recuparar a consistência o campeonato já acabou. E ainda colocar a culpa no Cuca. A culpa é do Kleber. E só estou falando de futebol, hein.
Ontem em entrevista ao Sem Censura, o Diego Hipólito falava do abandono do projeto olímpico do clube. A ginástica já não existe mais, o vôlei e o basquete são vitoriosos mas até quando vão permanecer. Acho que o Flamengo tem que investir mais no esporte, investir em projetos sociais em áreas carentes da cidade e também ser gerido como uma empresa, prestando contas a sociedade.
Espero que isso tudo não seja apenas um samba:
“Sonho meu/Sonho meu/Vai buscar quem mora longe/Sonho meu”
Ah, quanto ao jogo eu não estou tão triste porque vi que o Flamengo jogou muito mais do que o Internacional nos dois jogos e só não estamos nas semi-finais por causa do Juan que ficou a semana toda brigando pra não treinar e no final nos presenteia com aquela cagada.