É má poesia, mas é minha, fazer o quê ? (risos)

Tudo que se solitariamente ama
Sempre, sempre adormecido.
Faz a fama, deita na cama
Já viu algo parecido ?

Lutar, lutar, vencer.
Vencer para quê ?
Para consumir mais que o ser
Qual papel interpreta o que lê ?

Voar baixo é o que se permite.
Todavia há um mundo inteiro de fatos
A rotina contribui e se omite
Todos esgueirados qual gatos.

Chamo, clamo, grito.
Só que uma flor é uma flor e uma flor.
Viver não passa de mito,
Sou o cinza e desprezo a cor.

Brilha o tolo de ouro em nossa mente
Mas a mente obtusa pela rotina
Mas lente do olhar deveras mente
Qual catarata na retina.

De ouro e de prata é este chão
Pisa em lata dia a dia
Força maior leva de roldão
Olhos de mel são covardia.

Ficar parado pode ser heróico.
Surpresa miúda gera simpatia
Porém fecho como estóico
Suave onda que não se queria.

Sonhar o sonho agora é subversão
Subverter cada semana agora é risco
Sonhar o sonho leva à punição
Navegar nas pedras é marisco.

Faca afiada é navalha
Parte a solução em mil pedaços
Errar sem rumo não é prática que valha
Coitados não somos, e somos coitados !

(15-05-2009)