Montanhas azuis,
Seus lados nus
Entranha encoberta
O coração aperta
Mensagem casual
Difícil sem igual
Solidão eterna
Sem vivência materna
Melancolia fugaz
Absorve o gás
Que impulsiona o viver
Não quero saber
A que lado refiro
Não subir prefiro
Outro lado espero
Conhecer não quero
Mas viver é preciso
Lutar é conciso
Derrotar a inércia
Vontade imersa
Mar de conformismo
Não quer consumismo
Verdade é lutar
Fantasmas expulsar
Da desconhecida alma
Sobressai nervosa calma
Não sei o que sente
Talvez sempre mente
Talvez sempre empurre
Talvez se empanturre
Vibrando com óbvio
Se querendo com ódio
Matar ambição
Dolente canção
Repousa lição…

Eis que a vida passou.
O que o coração encontrou
Atrás das montanhas ?
Vitórias tacanhas ?