Confesso que não sou profundo conhecedor das filigranas e estruturas jurídicas.

Entretanto, não precisa ser advogado ou juiz para perceber que existe algo de muito esquisito em nossos tribunais, julgamentos e coisas correlatas.

Penso que as coisas ficaram ainda mais claras com a ascensão à Presidência do Supremo Tribunal Federal do “Doutor” Gilmar Mendes. Em sua atividade antes de chegar ao Supremo, como advogado geral da União, sua atuação foi no sentido de favorecer as grandes corporações, encobrir as grandes suspeitas de corrupção e sempre pender a balança para o lado dos mais fortes politicamente.

Entre suas “façanhas” consta a atuação desastrosa na greve dos petroleiros em 95, na qual ele se orgulha de “ter colocado os trabalhadores de joelhos”.

Participou de todo o processo das privatizações, onde o “Doutor” Daniel Dantas foi peça de destaque, sempre com um parecer pronto a favor do mundo corporativo.

Entretanto, sua atuação como Presidente do Supremo legitima o que sempre ocorreu, mas que agora está escancarado, a “Doutrina Gilmar Mendes”, ou “Teoria dos Três Ps”: no Brasil, o Judiciário só pode mandar prender preto, pobre e puta.

Os dois habeas corpus, concedidos em tempo recorde a favor do banqueiro, foram um tapa na cara do Brasil. Além de várias declarações dizendo que “juiz bom é o que contraria a opinião pública”, “não estou aqui para servir ao povo”, e que tais.

Outra coisa que pouca gente sabe é que ele é latifundiário em Mato Grosso e tirou no grito o prefeito eleito da cidade, contrário a seus interesses.

Onde eu quero chegar ? Urge uma reforma ampla, geral e irrestrita no Judiciário, de forma a realmente servir aos interesses da população e não aos poderosos e/ou com grana.

Este poder precisa ser mais impessoal e menos sujeito a “aparelhamentos”, como estamos assistindo agora – ele virou a alternativa da dupla PSDB/DEM para comandar o país.

Esta reforma precisa contemplar os interesses de quem paga toda esta estrutura caríssima do Judiciário, não de quem “paga” o mesmo. A Justiça precisa ser universal e, acima de tudo, justa.

Como podemos fazer isso ? Cartas para a redação.

P.S. – Mais uma vez, foto à direita.