
Farei comentários sobre todos os livros em que terminar a leitura. A periodicidade não será exata, porque eu posso ler quatro livros em uma semana e ficar três meses sem conseguir concluir nada.
Começo com “Diario de Um Ano Ruim”, do Prêmio Nobel de Literatura J.M. Coetzee. Com certo tom autobiográfico, conta a história de um escritor sul-africano, radicado na Austrália, que está escrevendo um livro e contrata os serviços de uma secretária filipina.
Lembro que o autor é sul-africano radicado desde 2002 no imenso país insulano.
A partir daí, o livro se desenvolve em três narrativas paralelas: o livro que o personagem escreve sob encomenda de um editor alemão – com opiniões fortes sobre política e sociedade, a visão dele dos fatos e a visão dela.
Também se desenvolve a relação entre ela e o marido, um analista de investimentos nem um pouco ético, e a relação platônica entre o escritor e a secretária.
O clímax ocorre em um encontro entre os três no apartamento do escritor, que não tem parentes próximos e sofre de uma doença degenerativa.
O final do livro, apesar de um tanto quanto melancólico, também oferece a libertação da assistente filipina de suas próprias auto-limitações.
A narrativa do livro às vezes é cansativa por entremear três “livros” contidos em um, mas recomendo. Daria nota 7,5 para ele.
248 páginas, 14X21 cm.