Ontem, quarta, saí daqui do trabalho já atrasado para o compromisso que tinha.

Eis que me deparo, a uns 500 metros do prédio da empresa, com uma blitz pra lá de suspeita da Polícia, na rua que liga o Metrô do Estácio à Paulo de Frontin – pertinho do Centro de Convenções novo da Seguradora Sul América.

Havia um carro da PM, revistando uma moto, quando vem um policial, com pistola apontada na minha direção, mandando encostar. Ali é um trecho onde não se pode andar muito rápido, porque, naquele horário, liga o engarrafamento do Estácio com o da Leopoldina. Portanto, já vinha devagar.

Trago o carro para a direita, para encostar e, quando o policial – de arma apontada na direção do meu pára-brisa – viu a minha cara, ou o selo da garagem da empresa colado no vidro, não saberia dizer ao certo, mudou de idéia e me deixou ir.

Tenho quase certeza de duas coisas: de que não era uma blitz oficial e, que, se paro, mesmo com o carro em ordem iria “morrer” em uma grana. Graças a Deus fui protegido.

Vida que segue. Muitos engarrafamentos depois, encontro o trânsito parado na entrada da Ilha, desde o acesso da Linha Vermelha à Ponte Nova do Galeão.

Anda, para, anda, para, e… voilá ! Era mais uma blitz da PM na entrada da Ilha, na hora do rush!!! Inacreditável.

Pior que bloquearam duas pistas da Estrada do Galeão e não paravam ninguém.

Pra mim estas blitzes só têm dois objetivos: aporrinhar a paciência do pobre contribuinte e servir para encher a Corregedoria da corporação com denúncias de corrupção. Não se prende ninguém, não se apreendem drogas nem armas – só as “plantadas” – e só deixam de patrulhar a cidade em outras áreas mais necessitadas.

Ah, tem um terceiro motivo: multar. Fazem isso que é uma beleza…

Cada vez mais vejo as autoridades preocupadas com o cidadão honesto que com os criminosos. Correr atrás de bandido, que é bom, neca. Mas matam que é uma tragédia…

Sinceramente, acho totalmente equivocada a política de Segurança Pública atual.