Escrevi mais cedo que passei o final de semana meio que longe de tudo.

Fui para Praia Seca no final da manhã de sábado e permaneci lá por cerca de 30 horas, desligado do mundo. Celular desligado, longe do computador – embora a Daniele tenha levado o computador portátil – e fora de televisão.

Aproveitei para ler um pouco – terminei de ler o livro objeto de resenha no post abaixo – brincar com as minhas filhas e descansar um pouco.

Achei que iria ter “crise de abstinência”, mas, à exceção de uma rápida olhada no notebook para confirmar a efetivação do Andrade no comando técnico do Flamengo, até que me virei bem sem isso.

Depois, enquanto voltava dirigindo, pude observar todas estas populações que vivem com o mínimo de tecnologia, vivem menos estressados. E vivem bem.

Tenho internet em casa há pelo menos dez anos. Sempre fui um entusiasta da tecnologia, tenho smartphone, blog, Orkut, três contas pelo menos de e-mail e computador pessoal. Muito me auxilia.

Entretanto, temos de delinear a fronteira entre o que facilita e o que estressa. Não é o meu caso, todavia hoje observo muitas pessoas que preferem a vida virtual à real. São incapazes de tomar um chope com amigos, mas ficam horas em MSNs da vida.

Eu estou começando a cansar disto. Gosto de informática, gosto de internet, mas irei reduzir o número de horas disponibilizada. Se bem que, em casa, ultimamente só tenho utilizado o micro uma ou duas vezes por semana, já está em um ritmo legal.

Este final de semana me mostrou que a tecnologia facilita, mas não torna a nossa vida totalmente dependente dela. Precismos estar mais “olho no olho” as pessoas, voltar a uma vida mais real. Dominar a máquina para não ser dominada por ela. Torná-la nossa aliada e não nosso senhor feudal.

A foto é apenas uma ilustração, eu desfilei na Portela este ano vestido de notebook… em minha defesa tenho o fator de ter escolhido a ala sem ver a fantasia. Depois é que soube.