Semana passada o Gérson e a Caroline, que trabalham comigo aqui, estiveram em um destes cursos na Chapada Diamantina, na Bahia.
O local é muito pobre. A agricultura é limitadíssima por causa do clima seco e praticamente sem chuvas. A pobreza é muito grande.
Na localidade de Ipanema, distrito do município de João Dourado, os geólogos que foram ao curso fizeram um trabalho social de distribuir material escolar; este comprado com recursos próprios, a propósito.
Impressiona a quantidade de crianças que tiveram seu desenvolvimento travado ou prejudicado unica e exclusivamente por causa da fome. Como a foto ao lado mostra, garotos de dez anos com corpo e desenvolvimento de sete.
Esta ainda é de miséria, todavia certamente o quadro econômico, social e especialmente alimentar daquela população seria muito mais dramático caso não houvesse.
Outrossim, este tipo de programa, vinculado à matrícula escolar, permitirá que mais filhos possam romper os laços de dependência eterna com a pobreza.

Eu só acho engraçado este pessoal que nunca levanta os glúteos de suas cadeiras confortavelmente instaladas em salas refrigeradas vociferar contra este tipo de programa. Chega a ser falta de solidariedade e de compaixão.
Deveriam ir a Ipanema. Não a praia famosa, mas ao sertão baiano.
Por exemplo, vejam a foto abaixo, que fecha este post. Os biscoitos que as crianças estão comendo na foto são o lanche dos geólogos, cedido a elas.
Decididamente, o Brasil não conhece o Brasil. Se você achar Ipanema (a cidade) longe, vá a Gramacho, aqui em Duque de Caxias.
Infelizmente não é com caridade que vamos mudar a cara do nosso país. Não adianta um programa de esmola, pois isso só vai fazer aumentar o número de pessoas mais pobres e pedintes. Pode parecer que tenho um coração duro, mas não é com esmolas que vamos melhorar a situação destas pessoas. Um programa que ao invés de levar míseros reais a cada pessoa levasse educação sáude, saneamento básico, programas de formação para o trabalho, em fim que levasse não apenas poder de compra, mas sim dignidade, cabeças pensantes,programas que promovessem saúde no seu significado mais amplo e capacidade de empreendedorismo, isso sim seria o ideal. Da forma em que as coisas estão sendo feita, teremos cada dia mais pessoas pobres, analfabetas e que votam porque sabem que vão ter subsistência. Apenas dinheiro não tira ninguém do buraco, não tira ninguém da miséria, não tira ninguém da ignorância.Isso só ajuda a levar ao poder, cada vez mais, esses políticos corruptos assistencialistas. Voto contra o bolsa família, bolsa esmola, bolsa escola, cotas,bolsa gás e qualquer outro tipo de programa desse gênero. Para eles é preciso manter pessoas vivas, com poder de voto e sem potencial pensante para que a elite continue fazendo o que faz e com apoio da maioria dos brasileiros. Qual será o futuro provável desses que são alimentados dessa forma?
QUE ILUSÃO!
Caro anônimo, eu não posso tentar ensinar um trabalho a quem tem fome. quem tem fome não raciocina.
o que se precisa é quebrar esta dependência ancestral.
por outro lado, levando seu pensamento ao pé da letra, o que se depreende é que na sua visão, era melhor que estas pessoas morressem.
para você é até melhor, assim não incomodam a vista e você pode comer o seu filet com fritas sossegado.
uma pena que você não se identifique, mas espero manter o debate.
p.s. – só lembro que o Bolsa Família exige matrícula e aprovação escolar.
Caro portelense Migão, o povoado de Ipanema pertence ao município de João Dourado, que era Distrito de Irecê e passou a cidade em 1988. A Ipanema pobre fica a 35 km de Irecê. Infelizmente, a pobreza no sertão baiano ainda é muito grande.
Abraço.
Chico, obrigado. de manhã, com calma, farei a correção no texto.
Não acho que estas pessoas deveriam morrer, de jeito algum. Pena que a qualidade do ensino é péssima e ao invés de darem toda uma qualidade de saúde e vida, lembra-se da Utopia dos CIEP,dão dinheiro. Vil metal!
O Ciep é uma idéia 20 anos à frente, mas que infelizmente não foi bem executada.