
Sou carioca, nascido e criado na cidade – com exceção de uma brevíssima temporada em Brasília, ainda quando era bem criança.
Também sou suburbano de Cascadura, onde nasci e morei por praticamente 30 anos. Hoje, sou morador da Ilha do Governador, que é praticamente uma cidade à parte dentro do Rio. Mas isto é assunto para outro post.
Faço esta introdução para fazer uma profissão de otimismo na cidade. Mesmo com os (des)governos dos últimos anos e com a cada vez maior priorização da Zona Sul da cidade, o Rio de Janeiro possui uma força orgânica que o mantém vivo e importante.
Obviamente, a mudança da capital federal para Brasília diminuiu sobremaneira a importância da cidade no cenário nacional. Não somos mais a capital política, nem cultural, sequer econômica. Até o futebol perdeu a primazia que tinha, muito em função da má qualidade de seus dirigentes.
Entretanto, com todos estes fatores atravancando o caminho da cidade, somos, ainda, fonte de inovação e de inspiração para o trabalho, a poesia e a fé.
Por outro lado, o Rio precisa se reinventar como cidade, para poder voltar a ser eixo fundamental do espaço brasileiro. Buscar ocupar espaços vagos de importância no país e fazer valer a sua força vital.
Procurem passear pelo subúrbio. O leitor encontrará um vigor, uma esperança de dias melhores e uma rotina absolutamente encantadoras. O material humano existe, de boa qualidade; oportunidades de negócio, também.
Falta, talvez, um pouco de vontade política de nossos líderes e representantes. Não somente os políticos, especialmente estes, como igualmente empresários atuantes e lideranças populares sociais. De certa forma, o carioca se conformou ao passado de glórias e, tal qual um sebastianista, suspira pela volta dos bons tempos.
Esta postura, penso, é muito reforçada pela atuação dos mandatários da cidade, com políticas paroquiais e que colocam interesses de grupos em detrimento do bem estar geral. A cidade não é somente a Zona Sul, não é somente o eleitor que vai à praia todos os dias.
Ainda assim, acredito que o Rio de Janeiro tem solução. Basta se esforçar, basta criar, basta se movimentar. É preciso pensar.
Eu tenho esperança.
Fala Migão,
o Rio de Janeiro é a cidade mais bela do mundo mas não troco Niterói por ela para morar de forma alguma. Da mesma forma que o Rio me encanta com a sua beleza me assusta com a sua violencia …
Vovô xaruto
Cara, violência no Rio já foi muito pior.