Para iniciar bem um sábado, nada como falar de praia.

Quando era criança, ia à Barra da Tijuca e gostava de brincar entre a areia e a água. Você vai crescendo, passa pela fase de querer se bronzear a qualquer custo e, depois, se torna adulto.

Hoje só vou à praia quando estou em Praia Seca. Entretanto, apenas adentro a água para brincar com minhas filhas, porque, se depender de mim, fico só na cervejinha e no peixe frito. Não é à toa que engordei vinte e seis quilos em seis anos…

É muito bom sentir o vento marítimo bordando as areias da margem. Também é belo o azul plácido do oceano contrastando com o acre bege das areias.

Praias, também, ainda são o refúgio derradeiro da democracia social no Rio de Janeiro. Ainda teria o Maraca, mas com esta história de elitizar o preço dos ingressos e a televisão a cabo isso mudou um pouco.

Pobres, negros, ricos e brancos convivem em relativa paz nas areias. Apesar da elitização cada vez maior da cidade e de sua sociedade dia a dia mais sectária, ainda se pode dizer, penso eu, que a praia é um espaço de convívio entre iguais.

Portanto, quando você for curtir seu solzinho, lembre-se de agradecer por isso ser ainda possível. Um dia cobram taxas para entrar, e aí…

Enquanto isso não acontece, bom divertimento. Você merece, trabalhou a semana inteira para fazer a economia girar e o país crescer.

Em tempo: a foto abaixo é da lagoa de Araruama, que circunda Praia Seca. Você consegue andar nela mais de cem metros sem alterações de profundidade, com água pela cintura. Andou muito suja, recentemente começou a ser despoluída. Mas este é tema para outro post.

Já a que abre o post é na Ilha do Frade, em Salvador, Fevereiro de 2008.