Não falo de doações a instituições de caridade ou a pessoas em particular. Falo, sim, daquele dia a dia em que somente pensamos em nós mesmos e, muitas vezes, nos esquecemos daquela pessoa ao nosso lado.
Não cedemos o lugar a grávidas ou a pessoas de idade. Fazemos questão de fechar o carro que está atrás de nós. Entretanto, enchemos o peito para dizer que contribuímos com a campanha social disso ou daquilo, muitas vezes a milhares de quilômetros de distância.
Somos contra a fome, mas desperdiçamos comida. Falamos em preservar a natureza, mas mantemos um nível de consumo acima das possibilidades de renovação da Terra. Defendemos o amor ao próximo, todavia praticamos o egoísmo dia a dia.
A verdadeira solidariedade começa ao nosso lado. Ideais são belos, mas só valem quando existem na prática. Altruísmo de discurso é hipocrisia.
Para ilustrar, as imagens do desfile do Império Serrano, de 1996, que homenageou o maior símbolo deste sentimento no Brasil, o sociólogo Herberth de Souza, o Betinho.
Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, ver na prática o seu exemplo de vida e sua doação ao próximo nos anos derradeiros, e são estas pequenas coisas que fazem a vida valer a pena.
Sejamos solidários na prática, a cada momento, a todo momento, isto é possível.
Um ato de amor.
P.S. – Carnaval executado pelo saudoso amigo Ernesto do Nascimento. São dois vídeos, o segundo é continuação do primeiro.
valeu migão pelo texto,concordo contigo,quando vou caminhar sempre encontro umas pessoas de cara amarrada que nem dão bom dia,enquanto outras sempre de alto astral com um simples gesto como esse cativam a gente e mostram que nem tudo está perdido,abraços,e vamos detonar o timão do silber,ronaldo.
é isso aí, Ronaldo. cada um fazendo a sua parte, teremos um mundo melhor.
abraços
é verdade mas acredito que nem tudo esta perdido.
excelente video 1996 manchete com excelente cobertura da concentração, escola empolgadíssima e o samba é lindo, lembro da emoção que foi esse desfile
Mauricio
Maurício, acompanhei este desfile desde a sua preparação, você não tem noçao da falta de grana que o iMpério estava naquele ano.
Uma vez ja falei isso com voce: achei o samba do Império nesse ano maravilhoso, sensacional e emocionante, de chorar de emoção mesmo. Mas o desfile ficou muito aquém no visual. Não por culpa do carnavalesco, mas pela falta de dinheiro mesmo. Se ele tivesse o orçamento de uma Beija-Flor, poderia ter feito coisas bem melhores, com certeza.
Cara, você não tem noção do sufoco financeiro que foi naquele ano. O que foi pra avenida foi o que deu, não o que o Ernesto idealizou.
P.S. – Post sobre pré sal mais tarde.