
A alegação dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região é que, como agente político, Yeda Crusius somente pode ser julgada politicamente, na Assembléia Legislativa do estado – onde possui ampla maioria.
Na prática, é o seguinte: ela – ou qualquer político – pode cometer os desvios que quiser, roubar o que quiser, não prestar contas de seus atos no cargo e mobiliar quarto dos netos com dinheiro público que a pena máxima que pode sofrer é perder o cargo. Isso, se não tiver maioria na casa legislativa correspondente.
Traduzindo em português claro, esta decisão abre o seguinte precedente: políticos não poderão ir para a a cadeia por improbidade administrativa.
O Ministério Público irá recorrer ao STF, mas os advogados da Governadora garantem que o entendimento da instância máxima do Judiciário é semelhante. Ou seja, pode roubar a vontade que cadeia é para pobre, preto e puta.
Meus 22 leitores reclamam quando digo isso, mas o Judiciário é muito pior que os políticos em geral. Até porque estes últimos podem ser tirados do cargo por nós de tempos em tempos. Já os juízes são eternos…
Mais uma vez clamo aqui por uma reforma ampla, geral e irrestrita no Poder Judiciário. Do jeito que está não dá.
Migão, ela, assim como a absolvição de Antonio Palocci, João Paulo Cunha, José Genoino, Delubio entre outros…
Comprovadamente agiram ilicitamente e estao soltos, exercendo mandatos.
E mais: a imprensa não tem se omitido. A Globo e a Band têm mostrado isso direto.
Fabrício, o problema é que ela ultrapassou todos os limites do já visto ultimamente.
E se ela fosse da base do Governo, teria 10 minutos todo dia no jornal Nacional. Como é do PSDB, o escândalo vira notinha de pé de página.
Migão, políticos são todos iguais: PMDB, PSDB e o antes inexpugnável PT, todos fazem mal ao Brasil. Sem querer reduzir a culpa da senhora do Rio Grande do Sul, o PT roubou muito mais que Collor e PC Farias. O que aconteceu com os envolvidos no escândalo do mensalão? NADA!
A diferença é que o PT criticou, foi as ruas contra a corrupção do Governo Collor, conseguiu o impeachment … e anos depois fez pior!
Quer prova maior de impunidade do que ver Marcos Valério e Delúbio soltos, rindo?
Abs
Fabrício
Se transpuséssemos o ano de 2005 para 1992, colocando Lula no PRN (partido pequeno, sem força política alguma), com o mesmo panorama de corrupção, com “aloprados” etc etc etc, ele seria cassado no primeiro ato.
Não foi em 2005 pq o congresso está na mão dele, ele sabe de todos os podres do PMDB e não interessa ao PMDB que Lula saia, pois todos sabem dos podres de cada um.
E sobre essa governadora aí, realmente, se for picareta, tem que sair – e já, rápido.
Fabrício, “se for picareta” não. Ela é, e provada de forma muito mais inequívoca que os escândalos ditos acima.