O bom do feriadão é que a gente pode sempre diminuir o nosso atraso na leitura.
Aproveitei para terminar este “Guia Ilustrado Zahar de Cerveja”. Escrito pelo americano Michael Jackson, homônimo do cantor recentemente falecido, é um passeio pelo mundo da cerveja.
Inicia falando dos ingredientes, passa pelos métodos de fabricação, e escorre por uma cansativa descrição dos países cervejeiros e suas empresas. Coloca claramente preferências pessoais como base de análise, e nem abarca toda a indústria: por exemplo no Brasil só cita a Eisenbahn, e só um tipo dela. Supervaloriza a indústria americana de cerveja e expressa em diversos momentos preferências pessoais.

Por outro lado, fiquei sabendo coisas que eu não conhecia sobre a indústria cervejeira, como as cervejas de sorgo africanas (que segundo a foto disponibilizada parece mais leite que qualquer outra coisa) e leis americanas que proíbem a venda de cerveja acima de um determinado teor alcoólico em certos estados. Também são bem legais a diferenciação histórica feita e as informações sobre o maquinário de certas fábricas.

O livro também tem problemas de tradução, como por exemplo usar a expressão “cerveja de barril”, tipicamente portuguesa, para chope. Levei uma semana até entender isso…
Vale como consulta a certos aspectos e pela primeira parte, sobre fabricação e ingredientes da bebida, bastante didática. A parte sobre microcervejaerias parece ser bem completa.
Entretanto, sugiro comprar de uma vez o “Guia Larrousse da Cerveja”, que será objeto de próxima leitura. Ainda não li porque é um tremendo “tijolo” e não dá para tirar de dentro de casa, mas entrou na pauta de prioridades próximas.
Na Travessa o “Guia Zahar” custa R$ 39.
A próxima resenha será sobre um livro delicioso: “O Leitor Apaixonado: Prazeres à Luz do Abajur”, do escritor e jornalista Ruy Castro.

6 Replies to “Resenha Literária – "Guia Ilustrado Zahar de Cerveja"”

  1. Eu gosto muito das cervejas belgas (Stella Artois) e holandesas (Heineken). No Brasil, pra mim a Bohemia, Brahma e a Antarctica Original são as melhores. Já as que eu detesto: Cintra, Crystal e Antarctica (comum).

  2. Fabrício, na linha das grandes cervejarias, experimente a linha Petra. Acho que você vai gostar.

    Cintra, Antarctica Comum e Cristal são água da bica com espuma.

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