Estou antecipando um pouco a segunda parte do relato sobre a visita à Cidade do Samba, ontem, devido aos assuntos palpitantes que tenho para abordar ainda hoje.
Conforme prometido, eis a segunda parte do relato, na ordem de classificação de 2009.
7 – Imperatriz Leopoldinense

Fez bem à escola de Ramos a troca de carnavalescos. Os carros cresceram e ganharam imponência.

O modelo seguido é bem tradicional e a cara do carnavalesco Max Lopes: nada muito revolucionário, tudo de extremo bom gosto. Tem tudo para fazer um bom papel no domingo de carnaval. Gostei.

8 – Viradouro

Fiquei surpreso com o que vi do barracão, porque as notícias seriam de que estaria muito atrasado devido à falta de crédito da escola na praça. Entretanto, há certo atraso, mas que não compromete o cronograma, a meu ver.

Do que vi, porém, a meu ver é o pior barracão. Alegorias sem grande brilho estético, para dizer o menos. Há uma pirâmide, ainda na fase de madeira, que vai ficar um “caixote” daqueles… O trabalho dos carnavalescos me lembra muito a concepção estética (equivocada) da Mocidade no ano passado.

9 – Unidos da Tijuca

Parece que a passagem pela Unidos de Vila Isabel, em parceria com Alex de Souza fez bem ao trabalho criativo do revolucionário Paulo Barros. É a primeira vez em que visito um barracão do incensado carnavalesco onde, a um mês do carnaval, há alegorias e não apenas um monte de ferros preparados para receber pessoas.
Isso é muito salutar, porque traz um equilíbrio ao trabalho do artista. Por outro lado, eu não consigo contar o enredo apenas olhando os carros. Será segredo ? Entretanto, gostei do que vi pronto.

10 – Unidos do Porto da Pedra

Eu gosto do trabalho do carnavalesco Paulo Menezes, mas achei meio tosco o pouco que vi pronto – é um dos barracões mais atrasados. O enredo sobre a moda, a meu ver, pediria mais delicadeza nas formas.

Pode ser que com o andamento dos trabalhos o requinte do artista apareça de forma mais nítida, mas não gostei muito do pouco que há pronto.

11 – Mocidade

É o único barracão do qual não consegui tirar fotos devido à vigilância.
Seu caso é o contrário do Salgueiro: embora bastante adiantado, não chega a ser espetacular, mas é uma senhora melhora em relação ao projeto fracassado de 2009.
Cid Carvalho utilizou-se de um expediente que outras agremiações também se apropriaram, o de colocar os carros de costas para a varanda.
Assim mesmo, dá para se ver um trabalho bem legal. O diabo de um dos carros está bastante caprichado.
12 – União da Ilha

Embora eu seja portelense, tenho muito carinho pela agremiação insulana, escola do bairro onde vivo e onde deverei desfilar neste ano de 2010.
Os carros não chegam a ser imensos, mas possuem bom tamanho para uma escola que vem do Grupo de Acesso. O bom gosto da carnavalesca se faz presente em cada detalhe. Para efeito de comparação, é muito superior ao barracão do Império Serrano ano passado.
Também é um dos mais atrasados mas nada que pareça comprometer o cronograma de desfile.
Resumindo, como escrevi no post anterior acredito em um espetáculo de nível bem superior ao ano passado, em especial no que toca aos carros alegóricos.
Os dois melhores em minha opinião são a Vila e o Salgueiro, com Mangueira e Viradouro na outra ponta.

3 Replies to “Direto da Cidade do Samba – II”

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