Estou para escrever sobre isso há algum tempo, mas algo que me intriga é a disparidade dos tamanhos de roupas aqui no Brasil.
Como aqueles que me conhecem mais de perto sabem, normalmente visto camisas no tamanho GG. Não que eu seja exatamente gordo – estou com 81 quilos para 1m77 – mas tenho os ombros largos e não gosto de roupas muito justas no corpo.
Também quem me conhece sabe que embora não seja exatamente um colecionador tenho algumas camisas de clubes e seleções internacionais.
Acima o leitor pode ver duas das recentes aquisições do meu portfólio, acima a camisa do Coritiba e, abaixo, a da seleção Argentina. Ambas são GG, uma da Lotto e outra da Adidas, uma fabricada no Brasil e outra no país vizinho.
Percebam a diferença de tamanhos. A verde e branca ficou bastante justa em mim, enquanto que a azul ficou normal. Não há uma padronização de tamanhos, cada fabricante, cada loja define o que são os seus tamanhos.
Chega-se ao cúmulo de se ter da mesma manufatura tamanhos diferentes para graduações iguais – basta ver a última série de camisas da Nike para o Flamengo onde o GG da camisa de jogo tinha um tamanho e a de goleiro, outra – maior.
Outra questão é a relacionada a calças compridas, em especial calças jeans. Para o meu tamanho o ideal seria um hipotético “43”, mas normalmente utilizo 44. Só que há modelos onde o 42 me cai bem, e outros onde até o 44 fica apertado. Mais uma vez, não existe padronização de tamanhos.
Desconheço algum tipo de trabalho feito pela ABNT ou pelo Inmetro no sentido de se padronizar os tamanhos de roupas, mas é algo que se deve pensar. O tamanho GG pode ter vários significados diferentes e isto causa um transtorno ao consumidor bastante considerável.
Em presentes, então, a questão torna-se extremamente complicada. Se não temos tanta intimidade com o presenteado torna-se bastante difícil acertar exatamente se aquele manequim irá realmente servir na pessoa que queremos homenagear.
Não sei se as leitoras sentem a mesma dificuldade, mas esta falta de padrões em tamanhos torna estressante, muitas vezes, a compra e a utilização de roupas. Para as mulheres, em especial, sempre preocupadas com a elegância e sempre vaidosas.
Complementando, a Lotto, como se vê no alto, criou um tamanho GG que é quase um “baby look”. Talvez a modelagem para as camisas à venda pudessem ser diferente das utilizadas em partidas oficiais, mais próximas do que seria o tamanho GG.
Uma padronização se faz urgente.
Em tempo: apesar das fotos darem a impressão de números dourados na (belíssima) camisa da Argentina, estes são brancos.