Sistema de Faturamento de Contas
Olá, amigos! Estamos de volta com mais uma edição de nossa coluna.
O objetivo deste mês é mostrar ao leitor como funciona um sistema de faturamento de contas tomando como exemplo o serviço de água e esgoto. Isto é: mostrar todo o processo que acontece desde quando abrimos uma torneira até quando a conta chega em nossa casa.
Um sistema de faturamento é composto basicamente de quatro passos:
1 – Preparação da medição;
2 – Medição do consumo;
3 – Processamento da medição;
4 – Faturamento.
Abaixo, tentarei fazer um paralelo de como as coisas eram feitas antigamente e como são feitas agora com o auxílio da tecnologia. Descreverei o ciclo básico de faturamento de uma empresa de saneamento onde os leitores poderão identificar claramente os passos citados acima e como em alguns casos os mesmos se integram.
Em alguns sistemas de faturamento se faz necessário o emprego de leituristas (acima, na foto, um exemplo), que realizam a medição do consumo de casa em casa para que possam ser geradas as contas. O que algumas pessoas não sabem é que antes destes leituristas serem colocados nas ruas para realizar as medições é feito um grande estudo sobre as rotas que eles devem percorrer, visando um menor desgaste físico do profissional e consequentemente um aumento na produção.
Antigamente esse trabalho era feito em mapas comuns, de papel, onde eram traçadas as rotas para cada leiturista. Nos dias de hoje as grandes empresas contam com sistemas conhecidos como GIS (Geographical Information System) que auxiliam nesse processo e ajudam na tomada de decisão. De posse de informações relevantes, como por exemplo o relevo da região e a distância média que um leiturista percorre por dia, o sistema pode gerar rotas individualizadas para cada um – aumentando drasticamente a produtividade.
Num passado não muito distante, depois de definidas as rotas de medição os leituristas saíam para percorrer as mesmas e anotavam os dados de consumo (valor do hidrômetro) em planilhas feitas à mão. Os dados coletados eram então inseridos no sistema para serem posteriormente processados.
Esse processamento era realizado geralmente no período noturno para não sobrecarregar o restante do sistema – pois era um processamento “pesado” em termos de consumo de recursos de informática – que calculava o consumo de todos os clientes de uma só vez. Com esse processamento concluído, o que nem sempre acontece na primeira tentativa, os dados eram então repassados à área de faturamento, que efetivamente gerava as contas e as enviava para as residências.
Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que esse era um sistema muito suscetível a falhas e visando justamente a redução das mesmas que a tecnologia começa a ser empregada em maior escala. Primeiramente, as planilhas feitas a mão foram substituídas por computadores de mão, onde o leiturista inseria os dados que posteriormente eram descarregados no sistema principal para então seguirem seu fluxo normal. Isso eliminava a digitação dos dados no sistema, diminuindo significantemente o tempo de serviço bem como os erros oriundos dessa digitação.
Com a evolução da tecnologia, os computadores de mão foram substituídos por máquinas menores e mais potentes, possibilitando inclusive a impressão da conta no momento da leitura, reduzindo assim os custos com o processamento dos dados e também as despesas para envio das contas – agora entregues pelos próprios leituristas.
Hoje em dia já existem medidores inteligentes que enviam os dados de consumo para carros de coleta que passam próximos a eles, porém essas novas tecnologias de medição ainda não são utilizadas em grande escala aqui no Brasil. Esse pequeno exemplo mostra como a tecnologia evolui diariamente e o seu emprego de forma adequada pode reduzir tempo e custo nos mais diversos ramos de atividade.
Bom final de semana e até a próxima!