Esta semana se realiza – até domingo, dia 10 – em Paraty a FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty – , que desde 2003 se realiza na cidade da Costa do Sol doestado do Rio de Janeiro.
Infelizmente, nunca consegui ir, embora sempre quisesse estar lá na época da feira. Mas recomendo para quem gosta de cultura e de um encontro com a literatura, em especial com os autores que prestigiam a festa, já com grande prestígio em termos mundiais.
Este ano o autor homenageado é Oswald de Andrade (1890-1954), expoente do movimento modernista e que de certa forma revolucionou a literatura brasileira com uma prosa inovadora e que desbravou o caminho para uma grande mudança em nossa história literária.
Queria falar um pouco da cidade, onde passei minha lua de mel e estive em outra ocasião anteriormente. Cidade com duas partes, o centro histórico e a denominada “cidade nova”. A mais paulista das cidades cariocas, ponto final da antiga “Estrada Real” originada em Minas Gerais – e que foi enredo da Mangueira em 2004.
Sempre gostei de arquitetura antiga. O casario, as pedras portuguesas, tudo envolve uma mágica inexplicável que cerca o lugar.
Acho que não há local mais propício para uma feira literária, um encontro com a criatividade. As paisagens, a velha Matriz, as construções, não pode haver estímulo maior para a arte da escrita. A cidade respira história, suas praias respiram romance.
Belas praias completam o quadro. Recomendo Trindade, a cerca de dez minutos de carro da sede do município, que ainda mantinha a aura de vila de pescadores quando estive lá – confesso que não sei como está nos dias de hoje.
Paraty também tem bons restaurantes. Não sei se ainda existe, mas logo na chegada ao Centro Histórico havia um que me agradava particularmente. Se não me falha a memória se chama Restaurante do Netto ou coisa parecida, comida caseira, de sabor agradável e preços bastante razoáveis.
Também tente fazer um passeio de escuna pelas ilhas que circundam a cidade. Vistas deslumbrantes e poesia em forma de oceano. Ainda se pode fazer um mergulho em águas cristalinas.
A poesia da cidade também me marca ao carnaval. Meu primeiro desfile campeão como participante foi o da Vila Isabel em 2004, que cantava a cidade. Aqui você pode baixar a versão ao vivo do samba, que levou a escola de Noel novamente ao Grupo Especial.
Se puder, vá a Paraty – mesmo que não este ano – e acompanhe a Flip. O evento certo para a cidade certa. E não deixe de comprar uma das boas pingas da cidade.
Gosto muito de lá. Um dos lugares que temos obrigatoriamente de conhecer nesta passagem pela Terra.

2 Replies to “Paraty”

  1. É uma furada ir a Parati na época da FLIP. A cidade fica cheia, pousadas lotadas e consequentemente, os preços disparam. Além disso, os serviços oferecidos, diante do aumento de demanda, ficam a desejar. A cidade ainda não conta com infraestrutura condizente com o evento, que começou pequeno e aumentou muito. Falando do evento, todas as mesas de debates são lotadas, os ingressos acabam antecipadamente semanas antes, já que são poucos os ingressos disponibilizados ao público (a maioria dos ingressos vai para editoras, parceiros comerciais, patrocinadores e mídia/imprensa). Pra se ter uma idéia, colocam tendas extras, com telão e cadeiras, para se acompanhar os debates – e mesmo assim, esgota.

    Parati é uma cidade maravilhosa, mas quem puder, vá ANTES ou DEPOIS da FLIP. Ir durante o evento é programa furado.

    Alguns sites transmitem, ao vivo, os debates, entre eles, o G1 (Globo.com) e o próprio site da FLIP, com ótima qualidade de transmissão em banda larga.

  2. No Jornal Hoje de sábado, disseram que Parati recebeu mais de 20 mil turistas nessa FLIP. Certamente que é um ganho pra cidade – mais dinheiro, investimentos etc. Mas imagine 20 mil pessoas a mais, pelas ruas da cidade… rs.

    Claro, há pessoas que não ligam pra conforto – e isso é de cada um -, e o importante mesmo é ir, mesmo dormindo numa barraca de camping. rs

    É tudo gosto pessoal.

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