Nesta sexta feira, nossa faixa musical traz uma das músicas mais engraçadas do repertório de Bezerra da Silva: a história do viciado que corre atrás de quem misturou Maisena em sua cocaína. Hoje, em tempos politicamente corretos – e hipócritas – o bom Bezerra teria sérios problemas.

A música contém um dos versos mais engraçados do samba carioca: “Sei que meu nariz é grande mas não é forno de padaria…”

Divirtam-se.

“Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó

Quem foi que botou maisena no meu pó

Me diz vovó, diz sim, diz sim, diz sim oh minha avó

Quem foi que botou maisena no meu pó

 

Eu vou lhe dar muita roupa, cachimbo novo maneiro

Vou enfeitar seu gongá e ampliar seu terreiro

Fumo, vela e vinho, vou gastar bango adoiado

Mas jogue os búzios minha velha e me diz que é esse safado

 

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…

 

Tenha uma “pá de otário”, eles não prestam atenção

Cheiram maisena adoidado, depois diz que “tá doidão”

Eu prefiro andar sozinho pra não entrar numa fria

Sei que meu nariz é grande mas não é forno de padaria

 

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…

 

Tem um moleque safado a fim de me esculachar

Misturou minha “rapa”, hoje eu não vou cafungar

Diz quem é ele vovó, juro por São Murungar

Essa canalha não perde por esperar

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…

Sim, mas me deixe de cara com o gol

Diz quem é este mau cheirador eu vou mostrar para ele

O bicho solto que sou

Eu de joelho imploro e peço a minha vovó

Na pele arde me diz quem botou maisena no meu pó

 

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…

Me diz vovó, me diz vovó e tenha dó…”