Ontem, 09/07, ainda na ressaca da vergonhosa derrota da seleção para a Alemanha surgiu um novo personagem no futebol brasileiro… A carta da Dona Lúcia.
Comissão técnica fracassada reúne a imprensa, com seu uniforme verde oliva e uma cara de pau do tamanho do ferido país. Ganhar e perder faz parte do esporte. A forma de perder também. Mas como encarar essa derrota torna essa seleção mais insuportável do que o famoso placar da terça-feira. Segundo Parreira e Scolari está tudo certo e foi um apagão. Sim, um apagão que dura 15 anos. A galinha dos ovos de ouro está morrendo e se não correrem atrás vão ficar sem um patrimônio do nosso povo.
Aí surgiu uma carta, de uma senhora, elogiando o trabalho e dizendo que a seleção estava sendo espinafrada injustamente.
O Brasil fez uma bela Copa. Diante de um pessimismo que assolou as redes sociais especialmente, vimos que uma elite incomodada se julgou no direito de espalhar bobagens por aí, como o famoso #naovaitercopa. Essa mesma massa bem cheirosa que cometeu a falta de educação de vaiar a Presidente do Brasil e o Hino do Chile. Essa mesma que dá meia nota, que compra carteirinha de estudante, para na vaga de idoso, estica 50 reais para o guarda, compra CD falso e etc… De forma geral tudo funcionou e os estrangeiros voltarão ao Brasil para curtir essa maravilha, com muitos problemas, mas um grande país.
O futebol nacional vem sendo espinafrado há muitos anos. O negócio dessa gente é vender placa. Ontem à tarde eu li que vamos ter uma Copa América ‘Extra’ nos Estados Unidos em 2016, devido ao centenário da Conmebol, da qual os Estados Unidos sequer fazem parte. Esse é o nível de dirigentes da América do Sul.
O futebol na Argentina, finalista da Copa, também está tomando um perigoso rumo. Virou estatal e esse ano o campeonato terá 30 times. E qual o projeto da CBF pra mudar esse vexame? Uma liga? A produção acadêmica de formas de jogo? Uma divisão das verbas dos campeonatos baseada na classificação? Ou fazer política com o pires alheio?
É o que me preocupa? Não. Sou filho da geração que chorou em 82. Em 78 não tinha muita noção, mas 82 sim. Um espetáculo inesquecível. O mundo temendo o nosso futebol. Chorei e Choramos…
E agora, quem chorou? A Bianca, minha filha, não…
Mas o filho do Robben sim. Para mim, um pai coruja, que adora contar histórias à filha, foi a cena da copa. Com o coração despedaçado pela derrota ele teve a coragem dos pais e foi até o vidro e mão estendida como se pudesse tocar as lágrimas… Cena típica de sala de maternidade…
Perder, ganhar, chorar…
Era o que a Dona Lúcia, que teve o trabalho de escrever pra seleção deveria fazer… Ninar o Parreira não vai resolver… Ela, que deve ser avó, deveria pegar no colo o filho do Robben… Esse sim, um verdadeiro símbolo da Copa das Copas.