Olha eu aí, cheguei agora. Cheguei pra levantar o seu astral

O ano havia terminado. Acreditava que bastava apenas concluir minha semana de plantão e esperar a semana de folga até 2015 chegar. Foi então que me lembraram que o jogo só termina quando acaba e trouxeram 2014 de volta para mim.

Desfile de Escola de Samba sempre foi algo muito especial na minha vida a ponto de ter assistido pela TV, todos, desde 1991. Foi nesse ano também, quando claramente senti que era portelense, como deixa claro o título deste texto. Em 1997, no desfile das campeãs, foi a primeira vez que assisti in loco. Um presente de Natal, dado pela minha mãe, na mesma casa onde abusei da ceia deste ano. Ficamos no distante setor 13.

Dali até 2004 passava o ano inteiro juntando dinheiro para comprar ingresso. Por uns anos, somente podia escolher um dia e optava pelo que a Portela desfilaria. Em 2005, trabalhei credenciado pela RioTur e a partir de 2006 pela TV Globo, sempre com a intenção de conseguir assistir a maior parte dos desfiles que eu pudesse.

Mas 2014 trouxe um cenário inédito: seria meu primeiro Carnaval trabalhando no SporTV, portanto, não faria mais transmissões de Carnaval. E em janeiro, me dei conta que pela primeira vez em muito tempo não estaria na Marquês de Sapucaí. Não era motivo pra ficar triste e montei um super esquema pra acompanhar tudo que eu pudesse de casa. A ideia incluía uma revista eletrônica na qual escrevem alguns colunistas que eu começava a ler e gostava muito: Ouro de Tolo.

Como o trabalho não me permitia, naquele pré Carnaval, acessá-la com a frequência que eu gostaria, decidi fazer um perfil no Twitter (@alexcardoso82) e seguir aquela galera.

Pois então imaginem minha surpresa quando um Papai Noel insulano me trouxe, como presente de Natal esse ano, um convite pra integrar este seleto grupo! Agora eu escrevo na mesma revista eletrônica que o Aloísio Villar. Moral, né?

Pois é, vocês devem estar pensando: Papai Noel mora na Ilha do Governador, tem um sobrenome incomum e se veste de vermelho porque é petista.

Falando em presente de Natal, queria aproveitar, para assim como os outros colunistas, compartilhar minhas impressões do que me marcou nesse 2014. Especialmente, porque participar da maior e melhor transmissão que uma TV já fez, de um evento que mexe tanto com todos nós desde que nascemos, foi a realização de algo impensável há até pouco tempo em minha vida. Isso torna esse ano ainda mais especial.

É algo que fica tão marcado, que a tensão, a pressão e os problemas ao longo de 40 dias, ficaram escondidos numa caixinha em algum beco de minha mente, já que lembro com muito mais clareza dos momentos divertidos nos quais estava diretamente envolvido. Como a emoção da correspondente em San José, que impossibilitada de ver a histórica cobrança de pênaltis contra a Grécia por “minha culpa”, teve que se conformar em ter apenas a mim para “narrar” todo aquele sofrimento. Ou da clássica cena, que virou até chamada do canal, com o correspondente em Zagreb sendo atacado por quatro croatas, loiras… Vou parar a descrição por aqui por motivos óbvios.

Foi também, graças a Copa do Mundo, que pude conhecer melhor e trabalhar mais perto de Fred Sabino, colega de empresa e editor/colunista desta revista eletrônica. Seus pitacos, eu já lia desde minha época de automobilismo, mas isso é papo pra outra hora.

Pessoas, espero que curtam esse espaço. Nossos planos são de trazer, muito em breve, novidades para vocês. Ainda não posso entrar em detalhes, mas prometo contar em janeiro. O que posso adiantar é que tudo está sendo feito com muito carinho e que é algo nunca visto na história desta revista eletrônica.

Conversaremos muito sobre Escola de Samba e, se o editor deixar, até de outros assuntos como os citados embora meu contrato vá apenas até o Carnaval [1]. E ainda esqueci de olhar nas letras miúdas se é até a quarta-feira de cinzas ou o sábado das campeãs…

Estrear no Ouro de Tolo, é um presente muito especial que espero retribuir.

Um excelente 2015 para todos nós. Nos veremos muito em breve.

Aquele abraço

#ForadoAr

[N.do.E.: Alex Cardoso, jornalista, estreia a partir de hoje um espaço quinzenal nesta revista eletrônica. Ao contrário do que ele fala no texto, o contrato é por tempo indeterminado. PM]