A tradicional “abstinência” dos fãs da Fórmula 1 foi amenizada em parte nesta semana com os primeiros testes de pré-temporada em Jerez de la Frontera, na Espanha. É evidente que ainda está cedo para tirar qualquer conclusão, e isso só poderá acontecer no primeiro treino classificatório para a prova de abertura, em março, na Austrália, onde todos os carros andarão em condições iguais, ou seja, com pouco combustível e pneus mais macios.
No entanto, pelo que vimos neste primeiro ensaio, a tendência é que o equilíbrio entre as equipes seja maior em relação ao ano passado. Isso porque as equipes já entenderam o funcionamento dos carros com os motores turbo e estes puderam receber atualizações, o que vai reduzir a diferença entre a unidade motriz (admito, não gosto muito desse termo novo usado na Fórmula 1) da Mercedes para Ferrari e Renault.
Baseado apenas nesses primeiros testes, vale a pena uma análise equipe a equipe:
Mercedes – Mesmo sem fazer os melhores tempos, a atual campeã começou de forma extremamente sólida. Isso porque o novo carro foi o que mais completou quilometragem entre os oito que andaram em Jerez e com tempos extremamente constantes em condições de corrida. Os rivais até admitiram: a Mercedes escondeu o jogo claramente e tem de onde tirar muito mais.
Red Bull – Novo fiasco? O motor Renault apresentou problemas e a equipe, a exemplo do que ocorreu nos primeiros testes em 2014, andou pouco, se bem que o maior atraso foi porque Daniil Kvyat danificou uma asa e não havia peça de reposição. Isso atrasa o desenvolvimento do carro, que ainda não pôde demonstrar seu potencial. No ano passado, a situação era pior, mas equipe reagiu e terminou como vice-campeã, com três vitórias. Resta saber se há potencial pra isso de novo.
Williams – A equipe de Felipe Massa, a exemplo da Mercedes, focou os trabalhos no ritmo de corrida e se saiu muito bem. No primeiro dia, houve alguns problemas e isso reduziu o tempo de pista de Valtteri Bottas, mas depois que o carro foi à pista não houve nenhum contratempo mais sério e todos no time já admitem abertamente que houve clarosprogressos na aerodinâmica.
Ferrari – Depois do pesadelo de 2014, a nova Ferrari ao menos já começou melhor do que o fracassado modelo anterior. Em três dos quatro dias de treinos, o carrinho vermelho esteve no topo, embora tenha usado uma configuração mais agressiva do que Mercedes e Williams. O que ficou evidente foi o belo salto de performance que o motor Ferrari teve, o que deve permitir uma participação ao menos competitiva do time este ano.
Toro Rosso – Os jovens Carlos Sainz Jr. e Max Verstappen até que completaram uma boa quilometragem nos treinos, mas os tempos não foram dos melhores. Resta saber se o problema está localizado apenas no motor Renault, se o carro é que não é lá essas coisas em desempenho, ou se a abordagem dos pilotos foi mais cautelosa para evitar acidentes neste começo.
Lotus – Com uma dianteira convencional no lugar daquele bico assimétrico de 2014, e o motor Mercedes no lugar do Renault, a Lotus começou os testes de uma forma bem mais sólida do que em 2014. Não houve grandes sobressaltos, o que é uma vitória neste começo, e aparentemente há muito espaço para o time evoluir, o que é animador para Grosjean e Maldonado.
Sauber – O fiasco de 2014 parece ser coisa do passado. O novo Sauber parece ter nascido bem melhor, o que permitiu a Felipe Nasr (principalmente) e Marcus Ericsson tempos competitivos – há de se lembrar, porém, que eles andaram em diversos momentos com pneus macios e tanque vazio. A evolução do motor Ferrari também é um alento para o time, que pelo menos por enquanto parece com boas perspectivas de somar pontos no começo do Mundial. Resta saber o desempenho da Sauber na comparação com os outros times em mesmas condições.
Vale lembrar que a Force India, em crise, não aprontou seu carro para os treinos em Jerez e corre para fazê-lo a tempo dos testes em Barcelona. Já a Caterham anunciou que realmente não disputará o campeonato e a Marussia, ou Manor, ou o que quer que seja, ainda busca um acordo financeiro para voltar ao grid.
Retratos de uma crise que assola a Fórmula 1, e que vamos abordar nas próximas semanas aqui no Ouro de Tolo, após o Carnaval, claro.
para mim,a mercedes é a equipe a ser batida,mas a red bull,pode ser fogo de palha,a force india,sei não,e a sauber tem que ver se foi fogo de palha ou é um carro bom mesmo.a ferrari com vettel renasceu e a mclaren treinou pouco,mas pode estar escondendo o jogo.a toro rosso,não fede e não cheira e a marussia ou manor se correr vai ser algumas etapas como na indy acontece com equipes que não possuem tanto dinheiro.a lotus deu uma melhorada,e pode brigar por pódios,mas só com o grosjean,por que o maldonado é sem comentários.