Na última sexta-feira chegou ao fim mais uma novela do horário nobre global. “Império”, de Aguinaldo Silva, padeceu do mesmo mal dos últimos folhetins da emissora, sobretudo as de mesmo horário. O início da novela parecera promissor. Entretanto, no decorrer da novela, a história se perdeu e, mais uma vez, tivemos um final pra lá de bizarro.
Embora não me considere uma “noveleira”, intrigo-me com a vertiginosa queda de qualidade das novelas da maior emissora do país. Basicamente as novelas têm se apoiado em um personagem que conquista o público – sobretudo vilões recheados de frases de efeito – e deixam de lado uma premissa básica para a garantia de uma boa novela – o equilíbrio entre os diversos núcleos que a integram.
Embora não me considere uma “noveleira”, intrigo-me com a vertiginosa queda de qualidade das novelas da maior emissora do país. Basicamente as novelas têm se apoiado em um personagem que conquista o público – sobretudo vilões recheados de frases de efeito – e deixam de lado uma premissa básica para a garantia de uma boa novela – o equilíbrio entre os diversos núcleos que a integram.Boas novelas são aquelas que nos deixam um legado de vários personagens inesquecíveis. Quando falamos de “Roque Santeiro”, por exemplo, nos lembramos de Viúva Porcina, Sinhozinho Malta, Florindo e Pombinha Abelha, Zé das Medalhas, Professor Astromar e tantos outros que se destacaram nesta novela, considerada pela maioria dos críticos como a mais brilhante de todas.
Os anos 90 ainda nos proporcionaram novelas interessantes – e as suas reprises exitosa tanto no Canal Viva quanto no Vale a Pena Ver de Novo – demonstram que o público quer e deseja mais capricho na teledramaturgia brasileira.Já nos anos 2000 tenho acompanhado este fenômeno negativo de novelas carregadas por um grande personagem. Os exemplos são intermináveis: Nazaré de “Senhora do Destino”, Flora de “A Favorita”, Carminha de “Avenida Brasil”. As duas últimas são criações de João Emanuel Carneiro, considerado o autor do momento pela emissora global e que será o responsável por mais uma novela do horário nobre, cuja obra está prevista para substituir “Babilônia”, do trio Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga.
“Babilônia”, ao que parece, não fugirá do padrão do novo milênio. Teremos duas grandes atrizes, quais sejam, Glória Pires e Adriana Esteves, interpretando vilãs de peso, que, possivelmente, serão responsáveis pela audiência da novela, ao passo que os demais núcleos servirão apenas para “encher linguiça” e serão totalmente dispensáveis. E isso é muito pouco para quem se acostumou a ver novelas como a já citada “Roque Santeiro”, bem como “Vale Tudo”, “Tieta”, “Mulheres de Areia”, “Renascer” e tantas outras tramas de indiscutível qualidade.
As duas últimas são criações de João Emanuel Carneiro, considerado o autor do momento pela emissora global. E é dele a substituta de “Império”, que estreia na próxima segunda-feira.
carminha “Babilônia”
A Próxima novela é de autoria do trío Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. João Emanuel Carneiro e o autor da substituta de Babilônia é que tem o titulo provisorio de “Favela Chique”.
É verdade, Gonzalo! Fiz uma pequena confusão com os autores. Que Gilberto Braga acerte a mão…ele tá devendo!
Abraços