Bom, viagem de férias realizada, já de volta ao Brasil, hora de se começar a relatar os aspectos do que vi durante a viagem aos Estados Unidos, bem como procurar trazer aos leitores que pretendem visitar o circuito de parques da cidade americana algumas dicas e orientações.

Ou seja, teremos uma série de posts. Sobre os parques da Universal, sobre a Disney, sobre a partida da NBA a que assisti, o grupo representado pelo Discovery Cove, cervejas, a semelhança entre a “Parada Disney” e nossos desfiles de escolas de samba, compras e demais aspectos que se fizerem necessários.

20150223_083829Viajei dia 23 de fevereiro, em voo da Azul partindo do Rio com escala em Viracopos. Não há voo direto entre o Rio e a cidade americana, apesar do grande fluxo de viajantes cariocas, de forma que a conexão é necessária. Optei por Viracopos porque a tarifa desta nova rota da Azul estava convidativa à época (paguei R$6,8 mil, com taxas, para quatro pessoas), e o aeroporto campineiro é bem menos tumultuado que Guarulhos, Miami ou a Cidade do Panamá, que eram as opções de conexão disponíveis.

Na ida, sem grandes atropelos, tanto aqui no Rio como na conexão. Em Viracopos precisa se trocar de terminal entre o antigo (para os domésticos) e o novo, mas é algo que se faz rapidamente via ônibus. Vale lembrar que meu voo, que saiu por volta de 11:40 da manhã – com um atraso de cerca de 30 minutos – era o único daquela manhã, o que deixa claro que o terminal novinho em folha está subutilizado.

A viagem foi aquilo a que estamos acostumados na classe econômica, mas pelo menos o almoço me surpreendeu: estava bem saboroso. A questão do entretenimento é que foi meio complicada, com muitas estações sem funcionar – entre elas a da minha esposa.

O aeroporto de Orlando me surpreendeu negativamente. Antigo, com grande distância entre os terminais e até cheiro de mofo em certos lugares. Dica: leve com você as bagagens no trem de transferência, porque se enviar pela transferência própria como fiz vai demorar bastante.

20150224_135102Aluguei um carro e aí foi bem confuso. A locadora Alamo alegou que eu não poderia retirar o Toyota RAV4 reservado por eu estar com quatro malas, e me deu um Chevrolet Suburbian, imenso – sabe aqueles carros funerários, pois é, maior – que eu teria de dirigir com periscópio dado o tamanho (ao lado, em foto na Universal Studios).

Reclamei e me deram um Dodge Journey, SUV média. Um bom carro, espaçoso, potente e um pouco beberrão. Mas, com um GPS, é bem tranquilo dirigir pela cidade – os percalços foram mínimos. Mas ainda preferiria o Ford Fusion pelo qual havia pedido a troca, por ter comandos semelhantes ao meu carro aqui no Brasil, um New Fiesta – e eu sofri com isso…

20150228_115824Até porque depender de transporte público ou mesmo táxi na cidade americana é quase impossível. Tanto táxis como ônibus são bem raros, e especialmente o complexo de parques da Disney é bem afastado do centro da cidade. Ou seja: dirija.

Como dividi a minha viagem em duas “pernas”, optei por trocar de hotel no meio da viagem: na primeira semana, em que fiz os parques da Universal e do complexo Discovery Cove, optei por ficar na International Drive. Na segunda semana, em que fiz os parques da Disney, optei por ficar dentro do complexo – o que traz algumas vantagens como poder pagar o plano de refeições no pacote ainda no Brasil e ter o horário estendido em alguns parques.

Os dois hotéis eram funcionais, apenas isso. Como praticamente só se para no hotel para dormir, atenderam perfeitamente às exigências – embora onde fiquei no complexo Disney era proeminente o número de crianças chorando e berrando. Água quente, cama macia, ambiente limpo e isso basta. Vale lembrar que o refrigerador no hotel da Disney não gela muito, ou seja: leve as cervejas geladas para colocar lá.

20150309_123857Nenhuma das acomodações impôs limites a se colocar coisas nos refrigeradores, de forma que levava água e cerveja para o quarto. É algo que o leitor deve fazer, pois é bem mais barato que no hotel. Outra coisa que vale destacar é que não tive problemas com roubos ou coisas semelhantes – a ponto de deixar gorjeta para a camareira no primeiro hotel (Rosen Inn) e ter de avisar que era gorjeta após uns três dias em que ficou intocável o dinheiro sobre a cômoda. Dois dólares diários são suficientes, aliás.

Sofri foi com o clima. A esta época a variação de temperatura é muito alta. A ponto de estar em uma sexta feira a dez graus, chegar no domingo a trinta, voltar a doze na quarta feira seguinte e voltar para trinta no dia seguinte. Não tem garganta que resista a esta variação. E nos dias de calor a umidade  aumenta a sensação térmica, o que torna tudo ainda mais difícil.

Por outro lado, os parques estavam cheios, embora não insuportáveis. Fico imaginando a loucura que deve ser durante o verão americano, julho e agosto. Posso dizer que, apesar das variações de clima, o final de fevereiro e o início de março é uma boa época para se visitar os parques.

20150310_190123Entretanto, no voo de volta sofri com a falta de bom senso da Azul, que cobrou excesso de bagagem de variações ínfimas de peso. Paguei duas malas com dois quilos a mais cada uma, mas não fui o único: na área de embarque tinha gente reclamando de ter sido tarifada por 100 gramas a mais. É o tipo de postura que gera receita no curtíssimo prazo, mas que acaba afastando a volta dos clientes em uma nova viagem.

O curioso é que após fazer o check in e passar pela imigração americana – onde minha filha mais nova foi obrigada a tirar o casaco para provar que não trazia uma bomba em seu corpo – ainda tem que se pegar o trem até chegar à área de embarque. O avião da volta tinha o espaço entre as poltronas muito curto e as opções de entretenimento limitadas, mas sabemos que a cia aérea ainda está em processo de implantação de suas rotas internacionais. Na ida o avião estava lotado e na volta com uns 75% de ocupação.

Bom, é isso. Vamos à série.

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2 Replies to “Orlando – Considerações Gerais”

  1. Migão, infelizmente a questão da cobrança por excesso não é exclusividade da Azul.
    Leve em conta que somente vôos de/para o Brasil o passageiro tem direito a franquia de bagagem com 64kg por pessoa, a única regra é que eles precisam estar divididos em até duas malas com até 32kg cada uma. E eles não abrem mão disso. Não é a Azul, são todas elas.

    1. eu sei disso, mas acho que faltou bom senso. cobrar 100 gramas de excesso, como vi, é complicado

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