Em mais um post da série – que está acabando – vamos ao Animal Kingdom, o parque do complexo Disney dedicado aos animais e aos locais onde eles vivem.

Digo isso porque ele tem uma divisão que é ao mesmo tempo geográfica e cultural: não fica apenas restrito aos animais como tenta reproduzir aspectos culturais das regiões – na área dedicada à Ásia esta preocupação é perceptível. Sem contar o obrigatório setor dos dinossauros – parece haver uma obsessão dos americanos pelo tema…

20150306_110043A chegada ao parque não é diferente das outras: uma ampla área de estacionamento circunda o parque. A diferença é que, ainda que se necessite do “trem sobre rodas”, a distância é menor que nos outros parques. A revista é a mesma e a entrada no parque, idem: a “magic brand” facilita demais o procedimento.

A única diferença é que não se pode levar mochilas empurrando pelas rodinhas: tem de ir pendurada nos ombros. Segundo apurei, é para evitar danos aos animais. Também não se vê nenhum canudinho de refrigerante, pelo mesmo motivo.

Quando se chega ao Animal Kingdom a visão da “árvore da vida” (alto do post) é majestosa. Impossível não perceber a estrutura, por onde quer que se entre.

20150306_121211Iniciei a visita pelo setor dedicado à Ásia, que tenta reproduzir paisagens da região do Tibet, bem como da Índia. O grande destaque é a montanha russa denominada “Everest Expedition”, então as alamedas que levam a ela reproduzem motivos típicos do Tibet, com alguns enxertos típicos da Índia. Decoração colorida e até um “riquixá” há disponível para se tirar fotos, bem como um ônibus típico.

20150306_115651A montanha russa em si é um espetáculo à parte, com uma longa e íngreme queda livre (foto ao lado). Ela simula uma expedição ao monte Everest, com subidas, descidas, claro, escuro e até um trecho em marcha a ré, a toda velocidade. Ela tem uma “pegadinha”: no momento em que parece que desceremos a queda livre a descida é bem suave, enquanto que depois se sai de um lugar escuro para, aí sim, descer a toda velocidade. Parece que você está em queda livre, mas a sensação é bem interessante.

20150306_122108Uma curiosidade é que neste setor há cervejas típicas da Índia e da China à venda nos quiosques. Tudo bem que são as “Antárcticas” respectivas (a Tsingtao chinesa e a Kingfisher indiana), mas vale a curiosidade. O mesmo se repete no setor africano.

A atração onde embarca-se em barcos e se desce rio abaixo estava fechada, talvez pelo clima – estava uns 12 graus naquele dia, o segundo mais frio durante minhas férias na cidade.

Como escrevi no post sobre gastronomia, almocei no “Yak e Yeti” neste setor. Comida asiática, boa, e uma decoração com estátuas que remetem aos Orixás, como escrevi anteriormente (foto). Curioso, no mínimo. E optei por uma boa IPA americana acompanhando.

O padrão é parecido com o Magic Kingdom, com restaurantes e quiosques. As diferenças são a presença de bebidas alcóolicas e de algumas iguarias típicas das regiões enquadradas nos setores.

20150306_141340No setor africano pode se fazer um safári em caminhões que remetem àqueles filmes antigos. Pode-se ver uma série de animais e tirar boas fotos, enquanto o motorista e guia vem narrando o que se vê, entremeado por piadas. Até leões conseguimos ver, embora bastante sonolentos – e, em uma das fotos, parece que a girafa está olhando para mim. Como o leitor pode ver acima.

20150306_145802Há uma outra instalação onde se pode caminhar perto de gorilas, mas meus joelhos não permitiram que eu fosse até lá.

Este safari é bem semelhante ao oferecido de forma gratuita no Busch Gardens, embora os animais estejam mais perto no Animal Kingdom. Uma dica é ir na ponta esquerda do banco, pois a maioria dos animais está neste lado.

Neste setor também há um trem que leva a uma espécie de “Ilha” onde há instalações visando a preservação ambiental e a um maior conhecimento dos animais. O tempo todo o parque frisa que está ajudando na preservação das espécies que ali estão expostas, em um claro marketing ambiental.

O que se pode dizer é que esta unidade mostra não somente como os animais são tratados como permite uma maior interação com animais e personagens. Há um espaço dedicado às crianças e se pode tirar fotos com personagens, como aliás o irmão famoso do colunista Rafael Rafic, o Rafiki (foto à direita).

20150306_170736Deixamos o setor do parque dedicado aos dinossauros para o final, mas a visita deste espaço foi prejudicada por uma confusão quanto ao horário de fechamento do parque: na entrada estava 19 horas, mas fechou às 17. Com isso acabei não indo à Dinoland, montanha russa “de adultos” existente neste setor.

Estive apenas na considerada “infantil”, mas que em dois momentos tem quedas onde parece que você será degolado pelo ferro do andar anterior da estrutura – além de, no alto, parecer que você será jogado ao chão em queda livre. O curioso é que são duas “linhas” simétricas desta montanha russa, mas apenas uma delas estava funcionando – talvez pelo parque estar bem vazio naquele dia.

Nesta área também tem um show de música comandado pelos esquilos (abaixo), onde as pessoas dançam na maior descontração, sem se preocupar com o que as pessoas estão pensando. Como nos outros parques, pode-se tirar fotos com personagens e pedir autógrafos.

20150306_164414Outra atração imperdível é o misto de atração em 3D e show que representa o filme “Vida de Inseto”. Em um determinado momento parece que insetos sobem pelas suas pernas, o que torna bem real o experimento. Impossível não saltar assustado…

Vale uma visita às outras áreas onde estão animais, como a dedicada aos pássaros e a crocodilos. Talvez por ser semelhante ao Busch Gardens em alguns aspectos e pelo clima estar bem mais frio que os outros dias de visitação específica aos parques da Disney, foi o parque que eu menos aproveitei. Entretanto, vale uma visita atenta.

No próximo artigo, Hollywood Studios.

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