Março mal começa e sua segunda semana já é super especial, dedicada a nós mulheres. Geralmente dia oito nós ganhamos flores, chocolates, diversos mimos, carinhos e tudo isso é muito bem vindo, obrigada.

Mas a importância dessa data não se restringe apenas a isso: nós queremos também ser presenteadas com respeito e igualdade ao longo de toda nossa vida. Portanto, se você faz tudo de bom e do melhor para sua companheira, amiga, seja lá o que for nesse dia, mas ao longo do ano é machista ou apóia o machismo do coleguinha ao lado, de nada adianta.

Se você é daqueles que chamam as feministas de ‘’feminazzi’’, se diz odiar lésbicas, mas adora aquele pornô entre mulheres, se você é daqueles que já usou violência física, sexual ou psicológica, você está no lugar errado.

Todos os tipos de violência geram conseqüências e com a mulher não é diferente. As agressões afetam gravemente a saúde da mulher como um todo. Quando a mulher está em um relacionamento abusivo e sofre violência, em muitos casos, ela é induzida pelo próprio agressor a acreditar que a culpa é dela.

Ela se sente ‘’suja’’, nos vários aspectos da palavra. O trauma psicológico causado pela violência leva a mulher a negligenciar a si mesma e começar a ver o seu corpo com vergonha.

Além da vergonha, do desleixo e do conseqüente medo com o qual a vítima convive, pode haver também ganho de peso, desleixo pessoal, falta de cuidado consigo ou a procura de não ser atraente sexualmente. Além de tudo, também há a possibilidade de desenvolver problemas dermatológicos, de aprendizagem ou de comportamento.

Os dois principais sintomas associados ao transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) são evitação e repetição, que podem levar a mulher a evitar contato sexual ou colocar-se em situações nas quais pode ser revitimizada.

É válido lembrar que não são apenas relações de casal que podem levar a violência: empregada e chefe, professor e aluna e qualquer outro tipo de relação que a mulher esteja abaixo do homem hierarquicamente, ele pode achar que pode subjugá-la.

Temos com exemplo clássico disso o estupro, o qual não vai ser resolvido com castração química, pois ele é fruto de mentes que acham que a mulher deve se submeter a qualquer vontade do homem e a qualquer hora. Não importa se for castrado, vai procurar um ferro, uma vassoura, ou qualquer outra coisa para cometer a violência, porque estupro tem a ver com relação de poder.

Essa coluna não tem o objetivo de afrontar homem algum, de dizer que somos contra todos os homens e nenhum outro radicalismo os quais eu sou extremamente contra.

É para ressaltar que nosso dia deve ser dedicado à reflexão se você, homem, age corretamente com as mulheres e para nós mulheres celebrarmos nossas conquistas e continuarmos lutando cada vez mais por valorização e igualdade. Não queremos ser mais do que ninguém, só queremos igualdade.

Feliz dia para todas nós mulheres. Que nos 365 dias do ano tenhamos força para lutar cada vez mais por igualdade.

Imagens: Arquivo, Discovery e EBC

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