Pobre Rio de Janeiro…

Nesse último fim de semana exerci um pouco do meu “carioquismo”. Assisti ao filme “Bar Esperança” dirigido por um dos maiores diretores cariocas, Hugo Carvana e mostrei para minha namorada a música “Rio Antigo” letrada pelo genial Chico Anysio, o mais carioca dos cearenses.

Tanto no filme quanto na música são retratados um Rio de Janeiro que não existe mais. Um Rio apaixonante, malandro, boa prtaça, maneiro, sagaz, um Rio de Janeiro feliz.

Aí você sai dessa viagem no tempo e encontra o Rio de hoje. Um Rio afundado em problemas, o Rio das balas perdidas que vitimam pessoas inocentes, o Rio da falta se segurança onde não podemos andar tranquilamente nas ruas, o Rio da falta de remédios, hospitais, o Rio em que quase todos os seus ex-governadores já foram ou estão presos, o Rio em que o atual governador comemora morte como quem faz um gol, o Rio que comércio fecha, Bar Luiz fecha, Canecão fechou e cada vez mais fecham nossos “bares esperança”. Rio da censura ao beijo gay, mas que libera mortes de crianças inocentes  que odeia o carnaval, Rio de Marcelo Crivella, o pior gestor que essa cidade já teve, e olha que já tivemos muitos gestores ruins.

Pobre Rio de Janeiro.

O que fizeram com o Rio de Janeiro? O que fizemos com o Rio de Janeiro? O Rio boa praça, maneiro e apaixonante não existe mais. Agora vivemos no Rio do mau humor, das ofensas, do trânsito caóticos, dos BRTs lotados com gente mal educada se aglomerando nas portas, dos metrôs que tem que separar homens e mulheres devido a tarados, onde cada vez mais ruas tem buracos e temos que botar duas pessoas do mesmo sexo se beijando nelas para ver se o prefeito toma alguma atitude.

Rio que quer acabar com o carnaval, persegue sua maior artes popular e ganho turírstico, que manda recolher livros em bienal apenas porque no mesmo se mostra amor. Esse não é o Rio que aprendi a amar. 

O Rio sempre foi um micro Brasil e hoje mais do que nunca está sendo. O Brasil da desesperança, do ódio, da divisão, do muro de lamentações. Acabou a alegria, a simpatia, acabou tudo.

E para o prefeito o maior problema da cidade é um beijo.

Acho justamente que falta isso ao Rio e ao Brasil em geral. Mais beijos, mais amor. Gente feliz não enche o saco, gente feliz não odeia, não divide. Gente feliz não faz dos outros infelizes.

É isso que somos hoje em dia, infelizes.

Pobre Rio de Janeiro.

A esperança foi a primeira que fechou.

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