No modelo atual, Harmonia é o quesito que, na prática, funciona como um “conjunto” de toda a parte musical da escola de samba na prática. Então, às vezes, um problema no samba-enredo da escola não aparece no julgamento de do quesito específico, que é mais puxado para um lado “teórico”, mas o problema explode em Harmonia, que tem uma avaliação mais puxada para a prática na avenida. Acredito que foi exatamente isso o que ocorreu com o Império neste ano.
Por outro lado, urge que a LIESA defina com mais clareza a partir de quando o julgador de Harmonia deve começar a julgar a escola, tendo em vista alguns detalhes únicos deste quesito como o som da caixa de som estar disponível para o julgador muito tempo antes da escola chegar no módulo e o carro de som só atravessar a linha de início de desfile quando a bateria entra na avenida.
Módulo 1
Julgador: Jardel Maia Rodrigues
- Império – 9,8
- Grande Rio – 10
- Mocidade – 9,9
- U. da Tijuca – 9,8
- Salgueiro – 10
- Mangueira – 10
- Tuiuti – 9,9
- Portela – 9,9
- Vila Isabel – 9,9
- Imperatriz – 10
- Beija-Flor – 10
- Viradouro – 9,9
Jardel sempre se notabilizou por focar bastante seu caderno no canto dos componentes, a moda antiga deste quesito antes do carro de som entrar com força na avaliação deste quesito.
Das 7 justificativas, três escrevem exatamente as alas nas quais o julgador não percebeu o canto. Justamente as 3 escolas que realmente deixaram a desejar no módulo duplo este ano: Império, Mocidade e Tuiuti.
Outras duas, mesmo não sendo tão específicas, também tiveram como motivo principal o canto da escola: Vila Isabel e Portela. Porém nessas duas acredito que o julgador poderia ser um pouco mais detalhado em suas justificativas.
Na Vila Isabel, ele disse que a escola começou com uma vibração boa mas que “perdeu a energia e a tenacidade na avenida, comprometendo a harmonia”. Fiquei com a sensação que ficou genérico. Em que ponto houve essa virada ou pelo menos ela passou a ser percebida com mais nitidez? Houve algo no samba ou na condução do carro de som que levou a isso? Por mais que eu tenha ficado com a mesma impressão do julgador no módulo duplo, (talvez a preocupação em abrir espaço para o calhambeque do Rei Momo?), acho que faltou palavras para o julgador explicar melhor o que ele reparou.
Quanto à Portela, ele escreveu que o “impacto desse incidente com o carro foi notório na variação de dinâmica do canto, comprometendo a harmonia”. Ficou claro que o julgador sentiu uma perda de canto logo após o problema com o carro. Mas foi localizado no setor logo atrás da escola? A escola se recuperou depois? Ou foi algo que perdurou até o final do desfile? E se a escola se recuperou, mais ou menos onde foi o ponto de recuperação? Também senti uma falta de detalhamento aqui, porque se foi algo que perdurou até o fim da escola, talvez fosse o caso de se pensar em um 9,8, pois se igualaria em qualidade aos problemas do Império.
O julgador também foi impiedoso com andamentos acelerados de Unidos da Tijuca e Viradouro que prejudicaram a compressão da letra do samba (sim, isso é realmente um problema de harmonia também).
Já quanto à afinação, Império perdeu ponto porque o excesso de notas agudas fez com que a afinação perdesse precisão e o intérprete não consegue manter a resistência para cantar notas agudas repetidas por tanto tempo. A Tijuca também perdeu ponto por “inúmeros problemas de afinação (afinação baixa) durante o desfile.”. Aqui a justificativa é pertinente e entendível, porém acho que seria de bom tom ao menos dar um exemplo dos problemas que ocorreram, para ficar mais claro para quem lê a justificativa a origem desses problemas.
Mesmo com esses pequenos detalhes apontados, foi um bom caderno, bastante atento aos diferentes pontos de avaliação do amplo quesito musical que é Harmonia, com justificativas e dosimetria entendíveis.
Módulo 2
Julgador: Rodrigo Lima
- Império – 9,8
- Grande Rio – 10
- Mocidade – 10
- U. da Tijuca – 9,9
- Salgueiro – 10
- Mangueira – 10
- Tuiuti – 9,9
- Portela – 9,9
- Vila Isabel – 10
- Imperatriz – 10
- Beija-Flor – 10
- Viradouro – 10
Segundo ano do julgador no júri e depois de distribuir sete notas 10 em 2023, ele ainda consegue aumentar para oito em 2023. Aqui me impressiona o dez para a Mocidade que, como bem apontou o seu colega de módulo duplo, teve problemas de canto em algumas alas. Ao menos, admita-se que o módulo 2 fica uns 4 ou 5m mais alto que o módulo 1 e realmente dificulta a avaliação do canto dos componentes da escola. De qualquer forma, ele ainda despontou Tuiuti por “pouca vibração e comunicação no desfile”. Ou seja, ele ainda sentiu a falta de canto do Tuiuti.
Quanto a justificativa da Portela, aqui temos um problema parecido em relação ao módulo anterior. “A escola teve problemas com a quebra de andamento na interpretação do samba-enredo, em parte, decorrente de problemas com um carro alegórico próximo ao módulo 2. Tal fato trouxe implicações negativas para o entrosamento do canto com a bateria em uma parte do desfile”. Que implicações negativas foram essas? Aliás, foi no carro de som, nos componentes? Também não fica claro. Inclusive me pergunto o que a bateria tem a ver com isso, já que quando do problema com o carro, ela ainda estava no 1º recuo, já que ela entraria apenas seis alas depois do carro.
Quanto à Unidos da Tijuca, a despontuação também foi pelo início acelerado que prejudicou o entrosamento entre ritmo, canto, bateria e instrumentos de base.
Por fim, ele retirou os dois décimos do Império pelo mesmo motivo de perda progressiva de entonação e clareza do canto dos intérpretes, especialmente em dois trechos do samba. Segundo o julgador, isso gerou problemas tanto na totalidade do canto da escola como na compressão do texto do samba-enredo em vários momentos do desfile. Se realmente isso tudo foi percebido pelo julgador em “vários momentos”, realmente é passível de se retirar dois décimos, ainda mais verificando que Portela e Tijuca tiveram problemas apenas em momentos específicos.
Porém, apenas pelas próprias justificativas do julgador, o Tuiuti teve uma situação mais próxima do Império e só perdeu um décimo também.
Aliás, no Tuiuti, além do que já foi escrito acima ele complementou escrevendo que “Tal aspecto interpretativo foi agravado por uma quebra do andamento do samba-enredo, o que acabou prejudicando a totalidade do canto da escola.” Que quebra foi essa? Em que momento isso ocorreu? Foi algo passageiro? Mais uma vez a justificativa não esclarece o ocorrido.
Oito notas 10 e falta de detalhamento em 2 das 4 justificativas escritas. Não dá para dizer que foi um trabalho brilhante do julgador. Inclusive, especialmente na escrita das (poucas) justificativas, foi um trabalho bem inferior ao do ano passado do mesmo julgador.
Módulo 3
Julgador: Bruno Marques
- Império – 9,8
- Grande Rio – 9,9
- Mocidade – 9,8
- U. da Tijuca – 9,8
- Salgueiro – 10
- Mangueira – 9,9
- Tuiuti – 9,8
- Portela – 9,9
- Vila Isabel – 10
- Imperatriz – 10
- Beija-Flor – 9,9
- Viradouro – 9,9
Bruno Marques é meu “padrão-ouro” neste quesito e mostrou o porquê mais uma vez este ano. Para começar, enquanto nenhum outro julgador deu menos que cinco notas 10, ele só deu três, empatado em 2º lugar geral na lista dos julgadores mais criteriosos com a nota 10 em 2023.
Quanto às justificativas, mais uma vez todas muito detalhadas, bem explicadas e com uma dosimetria cristalina. Mais uma vez soube avaliar o quesito como um todo, tendo despontuando falta de canto, carro de som e, principalmente, imprecisão de afinação em certas notas mais críticas a medida que o desfile se desenrolava. Especialmente nesse último ponto as explicações de cada um dos vários descontos são bem detalhadas e convincentes. Isso também demonstra a atenção do julgador no julgamento.
Apenas como exemplo, trago a ótima justificativa do Império que exemplifica bem isto: “Afinação imprecisa do canto com recorrência em vários trechos, prejudicando a sua compreensão. Alguns destaques: ‘o compositor, sambista perfeito’, ‘imperiano sim! No verso que aflora giram os sonhos da porta-bandeira’, ‘cercados de axé, semeiam o bem’ (prejudicou a modulação recém-estabelecida), ‘o filho do verde esperança nos conduz’ (trecho este que também apresentou queda frequente na dinâmica do canto e relação indefinida entre os intérpretes). A persistência e a intensidade do problema acarretaram despontuação maior (-0,2).” (grifos do julgador).
Porém, mais uma vez este caderno traz a luz algo que precisa ser melhor definido neste quesito que é o ponto de corte do julgamento de cada uma das cabines, que já foi tema desta coluna em 2019 quando outro julgador descontou a São Clemente por um problema no carro de som antes dele sequer cruzar a linha de início de desfile.
Agora Bruno despontuou a Grande Rio por “Tendência acelerada do canto no início do desfile gerou desencontros rítmicos com a bateria (que se manteve consistente). Por volta dos 10 a 15 minutos, a questão se corrigiu”. O julgador estava no módulo 3, no meio da pista ao fim do setor 6. Ou seja, a Comissão de Frente da escola só chegou nele por volta de 15min de desfiles. Ou seja, ele descontou um problema que surgiu e foi resolvido antes mesmo do início da escola chegar na frente dele, apenas ouvindo a caixa de som.
Dessa forma harmonia seria o único quesito cuja avaliação começa antes mesmo da escola chegar no julgador, apenas pela caixa de som? O Manual do Julgador continua sendo totalmente omisso nesse ponto, de forma que não é possível responder a pergunta de uma forma ou de outra. O julgador que não julgar estará respaldado, assim como aquele que julgar. Estamos em uma situação muito parecida com o “buraco hamônico”, não há um padrão e cada julgador pode julgar do seu jeito. O Manual do Julgador precisa criar um padrão para todos.
Mas, como disse, na forma atual do Manual não dá para comentarmos a atitude do julgador e mais uma vez Bruno Marques fez um dos melhores cadernos de todo o julgamento.
Módulo 4
Julgadora: Miriam Orofino Gomes
- Império – 9,7
- Grande Rio – 10
- Mocidade – 9,8
- U. da Tijuca – 9,9
- Salgueiro – 10
- Mangueira – 10
- Tuiuti – 9,8
- Portela – 10
- Vila Isabel – 10
- Imperatriz – 9,9
- Beija-Flor – 9,9
- Viradouro -9,8
Depois de um raro 2022 incólume e sete cadernos de 2023 de Harmonia e Evolução perfeitamente encaixados dentro de seus quesitos, acreditei que poderia considerar este um problema do passado.
Porém por último ainda havia este caderno para ler. Miriam tem um longo histórico de justificativas de Harmonia que na verdade tratam de Evolução e justificativas sem maiores explicações. Apesar de em 2022 ela não ter “cruzado a linha” de Evolução, em 2023 ela voltou a fazer isso.
O momento mais evidente na U. da Tijuca: “A partir da ala 20, após a passagem do 2° casal de MS e PB, houve uma aceleração no desfile e algumas alas passaram caminhando aceleradamente em frente ao módulo 4”. Houve prejuízo musical? A aceleração provocou algum desencontro? Os componentes deixaram de cantar o samba? Só assim pode-se descontar esse fato em Harmonia. A julgadora em momento algum escreve qualquer problema musical acarretado por essa aceleração, logo se não houve prejuízo musical isso não é questão de Harmonia, mas somente de Evolução.
Além dessa, para a Mocidade ainda sobrou um “Não houve empolgação e vibração da totalidade dos componentes ocasionando um desfile arrastado e por vezes desanimado”. O vocabulário usado é mais afeito á dança dos componentes, logo Evolução. Porém, aqui, além de logo depois ela arrematar com “o canto não soava firme e constante em musicalidade e afinação”, descobri que há formas de se perceber se a pessoa “com a música” ou “contra a música” de acordo com a expressão corporal da mesma. É possível que a julgadora tenha aplicado esse conhecimento para concluir que os componentes não estavam “junto com o samba”.
Outra justificativa altamente polêmica da julgadora foi “O som do agogô se sobressaiu bastante durante o desfile dificultando a harmonia sonora” para o Império Serrano.
De plano, em defesa da julgadora, ressalte-se que essa justificativa se encaixa perfeitamente dentro do que é julgado no quesito Harmonia. Se realmente um instrumento se sobressaiu a ponto de comprometer o todo musical da escola e até “apagando” outros instrumentos, isso realmente deve ser descontado em Harmonia. Existem inúmeros exemplos de justificativas neste sentido de diferentes julgadores ao longo dos anos.
Porém, acredito que a situação em torno dessa polêmica seja justamente a necessidade sempre ressaltada nesta série dos julgadores terem conhecimento das tradições e rituais da festa. Sendo o agogô a marca musical do Império Serrano desde tempos imemoriais, uma justificativa dessas levanta a suspeita de mais uma vez uma escola ter sido penalizada por desconhecimento pelo julgador das tradições e rituais das escolas de samba.
É natural contra-argumentar que a bateria do Império conseguiu 39.9, sendo o único décimo retirado por um problema que, mesmo em uma justificativa genérica, não parece estar relacionada ao som dos agogôs. Se realmente houvesse um real desequilíbrio no som dos agogôs, provavelmente algum reflexo teria em Bateria.
Só que para deixar a situação ainda mais indefinida e, nesse caso específico, entender a justificativa da julgadora, é importante ressaltar que a julgadora de bateria deste mesmo módulo 4, apesar de ter dado 10 para a bateria do Império Serrano, anotou em suas considerações finais que “o agogô estava muito alto no mix de som na avenida, abafando o som”. A julgadora de bateria em questão é a Mila Schiavo, que há tempos acompanha as baterias das escolas de samba e provavelmente sabe muito bem o papel que o agogô exerce no “DNA” do Império.
Logo, se ela fez questão de escrever isso em observações gerais, algum problema localizado na parte final da avenida deve ter realmente ocorrido. Ainda assim, o desconto em Harmonia continuaria discutível, afinal, se foi um apenas no fim da avenida (nenhum julgador de outro módulo reclamou), tudo indica que foi um problema do som da Sapucaí e não da escola, logo não passível de punição. Ao mesmo tempo, o julgador está incomunicável na cabine e não tem como saber que foi um problema isolado naquele ponto. É uma questão de muito difícil solução.
Outro problema recorrente desta julgadora é a falta de explicação nas justificativas, o que acaba resvalando na justificativa genérica. Há vários exemplos neste caderno.
Para começar, Império Serrano: “trechos do canto em região imprópria resultando em uma dinâmica fraca, prejudicando a compreensão da letra e a relação com os demais instrumentos musicais”.
Em quais trechos isso ocorreu? Apenas dizer “trechos do canto” é muito genérico, ao menos alguns exemplos devem ser dados. Se foram vários, achar alguns exemplos não é difícil. Sabemos que a julgadora não inventou tal fato porque todos os julgadores descontaram o mesmo problema e elencaram inúmeros trechos do samba onde isso passou a ocorrer com o decorrer do desfile. Mas, apenas lendo a justificativa desta julgadora, não se tem essa noção.
Ainda no Império: “Em alguns momentos do desfile a melodia não teve afinação adequada principalmente na parte grave do samba”. A justificativa ficaria melhor explicada se ela indicasse com mais precisão essa “parte grave”, de preferência indicar o que afastou a afinação do que ela considera adequada.
Tuiuti: “em alguns momentos o som do instrumento de corda se sobressaiu, prejudicando a sonoridade do samba durante o desfile”. Qual instrumento de corda? No mínimo todo carro de som tem dois instrumentos de corda, o cavaquinho e o violão de sete cordas.
Ainda no Tuiuti: “Houve falta de entrosamento entre o intérprete principal e os demais cantores”. Foi o tempo todo ou apenas em alguma parte do desfile? Se foi apenas em parte, qual parte? Se foi o tempo inteiro de desfile pela cabine 4, o desconto de apenas dois décimos ficou muito leve pela própria dosimetria da julgadora, tendo em vista que ela percebeu que pelo menos 6 alas só cantavam os refrões do samba (e como ela deu apenas como exemplos pode ter sido ainda mais).
Na Viradouro: “Canto dos intérpretes desafinado em alguns trechos do samba.” De novo, quais trechos? Aqui se aproxima novamente da justificativa genérica. Continuando: “Falta de entrosamento entre o canto dos intérpretes. A harmonia da escola, o entrosamento entre ritmo e canto se mostrou muito confuso.”. Mais uma vez, foi apenas em parte do desfile, foi no desfile inteiro?
Porque se isso tudo que ela relatou realmente ocorreu por todo o desfile e somada à falta de entendimento da letra por causa do andamento acelerado, a Viradouro seria forte concorrente a ser a pior harmonia do ano dentro deste caderno e o desconto de dois décimos foi leve dentro da própria dosimetria deste caderno.
Por fim, a justificativa da Unidos da Tijuca como um todo merece um estudo à parte: “O início do desfile apresentou um andamento muito acelerado, prejudicando o entendimento da letra e do desfile como um todo. Aos 34min houve falta de entrosamento entre o canto e o ritmo e o problema perdurou por algum tempo. Esse problema pode ter ocorrido por um problema técnico do som na avenida. A partir da ala 20, após a passagem do 2° casal de MS e PB, houve uma aceleração no desfile e algumas alas passaram caminhando aceleradamente em frente ao módulo 4.”.
Basicamente a justificativa gira em torno de três motivos: andamento acelerado do samba no início, falta de entrosamento aos 34min e aceleração no final do desfile. Isso tudo se juntou para se tirar apenas um décimo, o que é muito leve se comparado com Imperatriz e Beija-Flor, os outros 9,9 deste caderno.
Porém, a situação se torna ainda mais interessante ao destrinchar cada um dos pontos. Inicialmente, o “caminhar acelerado do final”, da forma como escrito, sequer deveria ser descontado em Harmonia como expliquei mais acima. Depois a falta de entrosamento aos 34min também não deve ser descontada. Afinal, o Manual é claro ao dizer que problemas no sistema de som não devem ser descontados e se há a sincera dúvida no julgador sobre a origem do problema, o bom-senso do “benefício da dúvida” deve ser aplicado à escola (mesmo que ela explique seu raciocínio na parte de observações finais).
Logo, na prática, só sobra o andamento acelerado do início do desfile, o que sozinho encaixaria corretamente a nota na dosimetria deste caderno. Só que a julgadora estava no último módulo e a Comissão de Frente da Tijuca só chegou nela após o andamento já ter caído consideravelmente. Ou seja, parece-me mais um julgamento efetuado apenas pelo som da caixa de som antes da escola efetivamente chegar no julgador. Igual ao módulo anterior para a Grande Rio.
Recomendações para a LIESA no quesito Harmonia:
- Clarificar no Manual do Julgador em Harmonia se os buracos devem ou não ser despontuados neste quesito (“buraco harmônico”)
- Clarificar no Manual do Julgador a situação do julgamento do carro de som antes dele passar na faixa de início do desfile e antes da escola chegar ao módulo. É possível julgar pela caixa de som mesmo o carro de som ou a escola como um todo estando distante do módulo? Se sim a partir de quando e até quando?
- Dar maior detalhamento nos critérios de julgamento do quesito no Manual do Julgador entre a diferença deste quesito e Evolução. A alteração de 2022 já melhorou bastante, mas creio ser possível definir critérios de julgamento mais claros e detalhados em Harmonia.
- Reforçar no Manual do Julgador, especialmente em Harmonia, que pequenas oscilações dos volumes dos microfones do carro de som decorrentes do sistema de som não devem ser despontuados.
- Dar maior atenção a qualidade do som da Sapucaí para evitar interferências no julgamento de Harmonia.