Excepcionalmente em dia diferente, a coluna “A Médica e a Jornalista”, assinada pela Anna Barros, traz um alerta sobre doença que pode matar silenciosamente: a diabetes. Por outro lado, controlada ela pode permitir uma vida normal, como podemos ver no exemplo do ex-jogador Washington.

Vamos ao texto:

Os Perigos da Diabetes

A Diabetes é uma doença que, se não controlada, pode matar 
O Dia Mundial da Diabetes foi comemorado no último dia 14 de novembro. A Diabetes é uma doença silenciosa. Seus sintomas sugestivos são sede excessiva, poliúria ou necessidade excessiva de urinar, vista embaçada e cansaço acentuado. 
Se a pessoa tiver esses sintomas deve procurar um clínico ou um endocrinologista. 
Então, ele vai recomendar a realização de uma glicemia, que é a dosagem da glicose no sangue em um jejum prévio de 12 horas. O resultado é considerado normal entre 70mg e 110mg/dl. Se o resultado ficar em torno de 110 a 125 mg/dl, o indivíduo é portador de glicemia em jejum inapropriada. Assim, torna-se necessário à realização do exame conhecido como “Teste Oral de Tolerância à Glicose”. 
Ocorrendo um resultado igual ou acima de 126 mg/dl, em pelo menos dois exames consecutivos, fica então confirmado o diagnostico de Diabetes Mellitus. Já com uma glicemia superior a 140 mg/dl, mesmo sendo recolhida a qualquer hora do dia, já se confirma o diagnostico do diabetes. 
O Diabetes Mellitus pode ser do tipo I, insulino-dependente e do tipo II, não insulino-dependente. O Diabetes Tipo I não produz insulina, daí a necessidade de reposição dela. Geralmente acomete crianças e jovens. O Tipo II produz e principalmente atinge adultos e idosos. O tratamento pode ser feito à base de dieta pobre em açúcar, no tipo II, ou, se não bastar, através de um medicamento chamado hipoglicemiante oral. Um dos mais conhecidos é o Glifage. 
O stress pode descompensar a Diabetes, daí a necessidade de controles constantes e de uso de glicosímetro, que é um aparelho que mede a glicose e tem uso domiciliar. Havendo qualquer alteração é necessário procurar um Pronto Socorro para fazer a glicemia. 
Outros sintomas freqüentes do Diabetes tipo I são: polifagia ou fome exacerbada, perda de peso, mudanças no humor, câimbras na panturrilha por diminuição de potássio, náuseas e vômitos. 
O Diabetes Tipo II tem um fator hereditário muito presente. E sabe-se que 60 a 90% das pessoas são obesas. A incidência é maior após os 40 anos. O Tipo II tem uma incidência seis a oito vezes maior que a do Tipo I, segundo dados do site da Sociedade Brasileira de Diabetologia. Há uma boa resposta com dieta e exercício. Além do açúcar, é necessário abolir carboidratos porque dentro do organismo eles se transformam em glicose. 
Outros sintomas freqüentes do Diabetes Tipo II são: infecções freqüentes, principalmente urinária e pulmonar, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose. 
As principais complicações do Diabetes são: nefropatias, retinopatias, pé diabético, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral e neuropatia diabética. 
Tanto a hipoglicemia severa (abaixo de 60mg/dl) quanto a hiperglicemia podem matar o indivíduo, portanto quem é diabético tem que sempre controlar a glicemia. O Diabetes pode levar ao coma que é um estado neurovegetativo inconsciente. 
Não há cura para a Diabetes, mas há uma série de medidas que podem suavizar a vida de quem é portador dessa doença, como alimentação adequada, vida saudável e exercícios físicos. O Diabetes mata uma pessoa a cada 8 segundos. 
Então, estejamos atentos a essa doença, sempre. 
Até a próxima!
Anna Barros