Algo que reparei neste mês de férias foi o estado calamitoso das ruas da cidade do Rio de Janeiro, em especial fora da Zona Sul.
Achava que o fenômeno dos buracos fosse exclusivo da Ilha do Governador, mas na segunda feira passada estive no Méier e depois no Centro da Cidade reparando nas verdadeiras crateras das quais temos de desviar se não quisermos encerrar nosso trajeto mais cedo. Inclusive em ruas principais como a Marechal Rondon e a Dias da Cruz, por exemplo, existe o asfalto à imagem e semelhança da superfície lunar.
O curioso é que pagamos IPVA e multas de trânsito, estas às milhares, a fim de manter conservadas as ruas da cidade. Contudo, a finalidade é apenas arrecadar para o “caixa único” do município e do Estado, além de aporrinhar a paciência do cidadão.
Vemos blitzes às milhares. São de vários tipos: para rebocar carros em dívida de IPVA, da “Lei Seca”, para conferência de documentos do carro e do condutor, para engrossar as estatísticas nas Corregedorias da Polícia e do Detran…
É a multa pela multa. O importante é arrecadar e reprimir o cidadão.
Outro ponto importante é a opção preferencial pela Zona Sul que o prefeito da cidade e o governador do Estado fizeram. Há algum tempo que não circulo para aqueles lados da cidade, mas os relatos indicam que o pavimento da cidade naquela região está em nível bastante superior ao encontrado nas demais praças da cidade.
A Estrada do Galeão, principal artéria de acesso ao bairro onde moro, está em frangalhos. A faixa da direita no trecho entre a Praça do Avião e o obelisco está absolutamente intransitável, com buracos, crateras e depressões. As ruas internas do bairro são um convite ao Paris Dakar. E o carro é quem sofre, apesar dos impostos pagos regiamente em dia.
E a criatividade do cidadão, em resposta, é o que vemos abaixo.