Nossa resenha é do primeiro livro lido em 2010, mas sinceramente gostaria que não tivesse sido.
Este “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, do jornalista Leandro Narloch (ex-Veja) desfila uma série de preconceitos e sandices sob uma capa de politicamente incorreto.
O autor se dedica a defender a visão dos mais fortes, pretensamente apoiado em “recentes pesquisas históricas”, além de perpetrar barbaridades.
Eis algumas idéias defendidas pelo autor no livro:
1) Não houve ditadura no Brasil após 1964;
2) Defende a tortura sofrida pelos militantes de esquerda sob o argumento de que “eles implantariam uma ditadura de esquerda”. Chega a afirmar que os suplícios “foram muito brandos”.
3) Que os índios exterminaram os portugueses, e não o contrário;
4) Luis Carlos Prestes era um trapalhão sanguinário e sua “Coluna” uma grande farsa;
5) Que Aleijadinho não existiu;
6) Que o samba não é uma expressão popular, sendo fabricado artificialmente. Além de ser fascista – e cita o desfile das escolas como exemplo disso.
7) Que os próprios negros ensinaram os portugueses a traficar escravos;
8) Que a Guerra do Paraguai só ocorreu porque Solano López era “um paraguaio maluco”;
9) Santos Dumont era “uma biba fracasssada”;
10) Que o Brasil não queria o Acre;
Na prática, se limita a defender posições das grandes potências e todo o pensamento denominado “neo-con”. Defende que todo o pensamento nacional é nacionalista “é uma grande bobagem”.
Sinceramente, perdi meu tempo. É o primeiro livro resenhado aqui que não recomendo a compra e muito menos a leitura. Uma farsa travestida em “nova história”. Ou como queiram, ideologia rasteira.
Estou fora.

31 Replies to “Resenha Literária – "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil"”

  1. Eu agora estou até com “medo” de dar opiniões e ter certeza nas coisas que falo… que medo! rsrs

    Agora mesmo que vou ler o livro com o maior prazer. rs

    Abs

    Fabrício

  2. O problema é sempre o viés ideológico. O blogueiro deve ser de esquerda hidrófoba, afinal, como admitir que Zumbi, herói libertário do povo oprimido era tirano e escravocrata? Que chefes tribais negros entregavam inimigos a traficantes portugueses; que a Guerra do Paraguai não foi uma ação imperialista do Imperio brasileiro alimentada pelo governo britânico; que se os grupos armados de extrema esquerda tivessem tomado o poder no Brasil teríamos, sim, uma ditadura de esquerda com torturadores de esquerda, censores de esquerda, liberticidas de esquerda; que Santos Dumont não inventou o avião; que Prstes era um assassino; que Tiradentes era apenas pau-mandado na Inconfidência….e por ai vai…
    O fato é que a cor ideológica oblitera as mentes. Mas isso é bem stalinista mesmo.
    A propósito: o livro é bem fundamentado e é ótimo.
    Azar de quem se ofender.

  3. o autor manipula fontes para chegar a conclusões pré-estabelecidas e eu é que sou stalinista ?

    eu morro e não vejo tudo.

    aliás, sugiro uma leitura mais atente do blog.

  4. Pedro,

    Quanto ao fato de que chefes tribais africanos entregavam inimigos a traficantes de escravos portugueses para a venda, acredito ser verdade. Até pelas guerras tribais internas que vemos até hoje causar muitos milhares até milhões de vítimas (vide Ruanda).

    Se tiver tempo pesquise um pouco do conteúdo de 2 calhamaços: “A Enxada e a Lança” e “A Manilha e o Libambo”, escritos por um diplomata com muito tempo de África. Esqueci o nome dele agora, mas ele confirma esta história. Houve, claro, interesse em alimentar mais essas divisões tribais para se conseguir mais escravos e uso de negros de tribos rivais na caça direta a novos escravos sem uso do subterfúgio da guerra também. Mas mostra que não há santos nessa história. Só inocentes “patos” e pecadores. Vi mais pelas histórias fantásticas que meu pai levantou quando ainda era vivo nestes livros (como a de que os negros confundiram as caravelas com baleias e que tratavam os brancos como espíritos de outro mundo, de tão brancos…).

    Quanto ao samba ser “fascista”, o idiota não sabe que o “fascismo”, ou a organização por alas, nas escolas de samba só surgiu depois do fim do fascismo, em 1948 com o primeiro desfile do Império Serrano. Antes só havia a ditadura típica dele… Hoje, na maioria, há a manipulação típica do cabresto resistente em vários locais do país que, se o TSE ajudar, é possível de manter ainda tal cabresto.

    (Um parêntese: a urna registra a hora que o eleitor vai votar ao liberar a urna. Se esta informação é cruzada com o detalhamento dos votos com data e hora, é possível saber quem votou em quem. Qualquer estudante de 2o período de informática te confirma isso, desde que tais informações sejam registradas, o que é provável pois outras fraudes são controladas por esta situação como 2 votos simultâneos ou uma pessoa votar por outra se esta não sair da urna eletrônica após a autorização de outra).

    Quando o autor aprender a pesquisar história em relação aos itens 1, 2, 3, 6 e 9, eu perco meu tempo para ler isso… De resto ele pode falar o que quiser, desde que prove.

  5. Caro Pedro,

    E eu te sugiro uma leitura mais atenta ao livro.

    Quem já leu percebe que você inventou várias coisas nessa sua “resenha”. Só para começar, o livro não defende a tortura e nem que os índios exterminaram os portuguêses. Volte lá e leia novamente.

    E não fique inventando aspas que não existem no livro também. Em nenhum momento o autor usa as palavras “biba fracassada”, por exemplo. Isso você também inventou.

    Tudo bem você não concordar com o livro. Mas também não invente mentiras sobre uma obra que tem uma bibliografia tão extensa e bem apurada. Vá lá e leia novamente (e dessa vez direito), que o livro vale a pena.

  6. Reitero aquilo que foi dito no comentário anterior: É aceitável você não concordar com o ponto de vista do livro. Porém, leia-o novamente com mais atenção e seja, ao menos, honesto na sua resenha.

    Comentando alguns pontos:
    1) O livro NUNCA disse que não houve ditadura no Brasil. E também nunca a elogia. Apenas menciona que ela foi mais branda por ter matado menos que as outras. Algo que é um fato

    2) O Autor não defende a tortura. Mas mostra que os grupos de esquerda praticavam ações ainda piores para aqueles que não seguiam a risca a ordem do partido.

    3) O livro menciona que a maior parte de extermínio dos indios foi causada por outros indios. Nada fala que os indios matavam mais os portugueses do que o inverso.

    4)Sim, nesse ponto você foi honesto.

    5) O autor menciona, com base em dados, que Aleijadinho é mais uma mistificação do que um artista real. E tudo isso com DADOS EMPIRICOS.

    Todos os pontos controversos do livro são apoiados em dados. Você pode não concordar com eles, porém seja honesto sobre oq o livro menciona e tente refutá-lo com outros dados.
    Boa Sorte.

  7. Acho que você, Pedro, deve ser sócio da editora, pois sua cruzada contra a obra só desperta a vontade em lê-lo.

  8. caro blogueiro.
    tivemos Fernando Henrrique, que foi exilado, hoje temos Lula que foi sindicalista, ambos com passado socialista, te pergunto, sera que esse livro so tem absurdos?
    forte abraço.
    Marcelo Telles(socialista como o LULA).

  9. Como podem permitir tanta mentira numa resenha sem metodologia? Quem ama a verdade não tem medo da mentira! Será que o livro resenhado oferece algum risco a você resenhador? Aceite o contraditório, é o começo da tolerância e evita o stress… Abraços

  10. Seus comentários tecidos são de quem na verdade não leu uma página deste livro, ou se leu, não soube interpretar, ou pior, é um dos esquerdistas desmascarados, que interpretaram a história deste pais a seu modo.
    Decepcionante suas conclusões.
    Decepcionante seu Blog, não voltarei a visitá-lo.
    Tente mudar de profissão, seja um Historiador, vc tem capacidade para isso.

  11. Olá a todos,

    Acabei de ler esse livro tão debatido nesse fórum, e concordo que a leitura e a interpretação demoram um pouco para ser digerido, mas antes de postar aqui alguma critica, pretendo primeiramente pesquisar qual foi fonte utilizada pelo autor? Onde ele foi buscar seus argumentos apresentados nesse livro?
    Eu ainda não acredito que fui enganado minha vida toda nas escolas!!!
    Sei que no final do livro tem alguns sites de bibliografia, porem alguns não existem mais, ou estão fora do ar, então devo continuar minha incansável busca pela verdade, até achar uma base sólida para expressar minhas opiniões, e sugiro assim que façam o mesmo antes de defender ou atacar um ponto de vista POLITICAMENTE INCORRETO de alguém..pois acreditem, escrever um livro abordando esse tipo de tema, já é um ato de coragem…

    Um abraço a todos

  12. Qual a grande novidade deste livro no campo da História?

    Vamos ser honestos, tem alguma novidade no que ele fala? Eu sequer li o livro mas qualquer um minimamente interessado e versado em História sabe que os Portugueses compravam escravos das tribos e reinos africanos, que nas Bandeiras haviam muitos índios e descendentes, que as guerrilhas da década de 60 e 70 não lutavam por uma democracia e que a Guerra do Paraguai quem começou foi o Paraguai, em uma época em que o Brasil tinha rompido relações com a Inglaterra.

    Eu sei que para o esquerdista que não passou por uma faculdade de História isto é muito dolorido de se ler mas fazer o que? Neste livro não tem nenhuma novidade.

  13. Muito bem Flávio, realmente acertou em indicar uma faculdade de História para a “anta” que escreveu a resenha. Apesar de que até eu que mal sei quem descobriu o Brasil fui capaz de ler o livro e entender que aquele é um ponto de vista, baseado em pesquisas, do autor. Porém, realmente não sabia sobre esses absurdos dos guerrilheiros, “dilmistas e lulistas” brasileiros, mas a pesquisa soa aos olhos do interesse do pesquisador e ele realmente foi atras do que queria provar e conseguiu. Voltando aos “dilmistas” acho que chegou a hora de cobrarmos a conta de quem deu a vida pelo poder que eles têm em mãos agora. Se não me engano primam pela justiça social e pela equalização das classes. Ué, estão esperando o que para começarem a divisão??? Que os mortos pelas balas da justiça revolucionária anti-ditatorial levantem de seus caixões, empunhados nos manifestos de esquerda para tomar de sequestro os representantes das nações e façam os julgamentos à revelia dos hoje líderes do passado “camarada” … afinal, “…os pensamentos políticos serão respeitados, mas vacilar, jamais!..” … ou quase isso!!!

  14. A Besta que escreveu esta “resenha” deveria ler com mais cuidado e aprender a postar corretamente as coisas.
    A intenção de Narloch foi reunir diversas pesquisas revisionistas. E cabe ao leitor, julgar os fatos expostos e até mesmo procurar ler as pesquisas indicadas pelo autor. Conhecer o maior número possível de versões e fontes sobre um mesmo fato é sem dúvida a melhor forma de chegar bem perto da verdade.
    … se é que a “verdade” realmente existe…

  15. Seu texto está longe de ser uma resenha, no estrito sentido acadêmico da palavra, além de trazer muitas mentiras sobre o livro, o qual tive o prazer de ler duas vezes:
    1. A obra em nenhum momento afirma que não houve ditadura no Brasil. Cite o trecho em que se diz isso! Não vai haver!
    2. O autor não defende a tortura aplicada pelos militares, apenas diz que a ditadura endureceu bastante devido aos constantes ataques dos “revolucionários” brasileiros.
    3. De fato, e não é nada difícil de entender, Zumbi foi escravocrata, visto que implantou (ou ao menos tentou)no Brasil um verdadeiro reino africano. Mas se para os africanos da época era comum ter escravos, por que Zumbi não os teria?
    4. O livro NUNCA diz que os “índios exterminaram os portugueses”! Que ridículo! Você leu mesmo o livro? Ou leu o mesmo livro que eu?
    5. O blogueiro diz que é mentira quando o autor do livro diz que Aleijadinho nunca existiu. Então escreva um texto replicando esta afirmação, porque até onde eu sei, a existência de Aleijadinho sempre foi questionada até por professores que eu tive no Ensino Médio!
    6. Em que trecho Leandro Narloch afirma que Santos Dumont era uma biba fracassada? Eu não li isso!

    Resumindo, o blogueiro devia ler o livro de fato, para tecer comentários que fossem no mínimo coerentes com as ideias da obra. E aprender como se escreve resenhas.

  16. Falou asneira, tio! Não contra argumentou, mas inventou coisas que não foram ditas. Simplista! Como todo boçal, tio!

  17. Estou amando ler o livro. É bom observar o outro lado da história. Isso que você está fazendo é uma censura… E outra, acho que nós podemos sair dessa visão que o sujeito tem que saber somente o que querem q ele saiba. Estou AMANDO LER O LIVRO.

  18. Uma coisa é certa: a direita sabe forjar verdades e maquiar a ideologia.
    Por isso, enquanto isso, eles chamam o Getúlio de “Presidente” e o Fidel de “Ditador”. Este é o Espetáculo que se autojustifica e esta impregnado de sua própria glória.

  19. O livro acerta em muitos fatos, por sinal, já conhecidos de quem conhece um pouco da história do Brasil. O problema são as conclusões colhidas pelo autor. Antes de mais nada a obra é essencialmente contraditória, na medida que se propõe avessa à ideologias, ao mesmo tempo em que prega conceitos ideológicos fascista, racista e imperialista. De cara o livro nos deixa a clara a impressão de que o grande culpado pela dizimação da população indígena nas Américas foi o próprio índio, além de que o responsável pela escravidão no Brasil seriam os negros. Isso é ridículo e falacioso. E o que dizer da tese ali exposta de que, se os europeus não tivessem descoberto estas terras, os próprios índios se dizimariam. É demais. Afora tudo isso, vem à tona a velha e abominável concepção preconceituosa anti-nortista de que os estados brasileiros deficitários deveriam ser entregues ou vendidos ao estrangeiro, e cita como exemplo o Acre, Rondônia, Roraima e Alagoas. Por essas e outras, ainda assim, recomenda-se a leitura do livro, para termos a grata noção de como uma boa idéia, na cabeça de um troglodita, pode resultar uma pérola de chatice, rabugice e mau gosto.

  20. Pedro ou voce nao leu o livro ou é (desculpe) muito idiota para nao aceitar que boa parte dele tem total fundamento.

  21. Caramba, nunca vi tantos reaças reunidos em um único lugar. Estes comentários fariam orgulho ao Pondé e seu esquadrão do “politicamente idiot… ops, incorreto”. Como historiador, só faço uma ressalva ao tudo o que está sendo colocado aqui: o livro carece de fontes, isto é fato. Um jornalista que se diz “revelador” das verdades do Brasil. Me poupem. O cara distorce os fatos para passar a mensagem ideológica que quer, e todos vocês caem como patinhos. No Brasil temos historiadores sérios, com excelentes trabalhos e pesquisas sobre estes fatos. O que o Narloch faz é jogar fora anos e anos de estudos e trabalhos com base em suposições e achismos (e não venham me dizer que o trabalho dele é baseado em fontes sérias porque não é, o cara nem historiador é). O cara pode até ter alguns acertos (como o fato da independência do Brasil), mas o modo como as usa (para defender pontos de vistas ideológicos por exemplo no caso de Zumbi) é de uma canalhice sem tamanhos. Nunca achei que houvesse alguém que levasse a sério uma obra como esta, mas pelos comentários aqui vejo que tem e é muita. Realmente a ideologia rasteira dos vejistas domina a classe média pseudo-intelectualizada deste país.

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