
Hoje já é o terceiro maior evento da cidade, atrás apenas do carnaval e do reveillon.
Não irei debater aqui questões polêmicas nem dizer se é certo ou errado, etecetera e tal. Diria, para não ficar em cima do muro, que não temos direito de julgar a postura alheia e discriminar ou diferençar por causa disso. O artigo quinto da Constituição é bem claro.
Quero falar um pouquinho do impacto econômico não somente da Parada Gay como do próprio fenômeno da homossexualidade e sua implicação econômica.
Normalmente, o homossexual típico é bem sucedido profissionalmente, mora sozinho e, no caso de casais, em média não possui filhos. Ou seja, ele possui um potencial de consumo, em média, maior que o de casais heterossexuais com a mesma faixa de renda.
O que ocorre ? Há uma maior disponibilidade para viagens neste grupo populacional. Primeiro pela maior renda disponível e, segundo, por não haver tantos empecilhos a impedir viagens. Viajam muito e, o mais importante: com grana para gastar.
Partindo-se desta base, vemos como é importante receber bem este tipo de turista.
A cidade do Rio de Janeiro foi eleita “o melhor destino gay do mundo” por um órgão especializado. Partindo disso, deveria-se ampliar uma série de entretenimentos e serviços direcionados, de maneira a atrair o turista e retê-lo para outras ocasiões.
O turista bem atendido sempre volta, ainda mais atendido com respeito e sendo introduzido em um ambiente de naturalidade. O retorno para a cidade é um gasto médio superior ao turismo heterossexual, com a vantagem de ser um filão ainda muito pouco explorado – por puro preconceito. Há pesquisas que demonstram esta diferença de dispêndio médio por dia.
Além disso, eventos como a Parada propiciam mais uma data atrativa à cidade e favorecem todo o setor econômico ligado à organização do evento. Movimenta e impulsiona a economia.
Entretanto, não podemos pensar nesta categoria apenas “com os olhos dos cifrões”. Despir-nos do preconceito, estabelecer uma relação de confiança e aceitação e prover serviços e lazer adequados às suas especificidades são condições indispensáveis para que a cidade possa lucrar com este tipo de visitante.
Com estas condições atendidas – e minha percepção, olhando de fora, é de que ainda há um caminho a se percorrer nesta direção – a cidade terá totais condições de lucrar bastante, gerando divisas, empregos e renda.
Que seja bem vindo o turista gay.
Fala Migão,
aqui em Niterói a parada gay, na Praia de Icaraí, já deve ser o maior evento da cidade mas cá para nós e sem preconceito algum, to fooooora!!! … minha praia é outra … hehehehe
Vovô xaruto
São coisas diferentes, Xaruto, é tudo que escrevi no artigo.
Migão, parabéns pelo texto. Independentemente da orientação sexual de cada um, é necessário respeito ao ser humano, em primiro lugar. Depois, uma cidade como o Rio não pode perder um filão como esse – o pink-money. Ocorre que, como tudo por aqui, o turimos é tratado a “la caraiow” e é feito nas coxas. Um pouco mais de cuidado com o turista, seja ele quem for, não faria mal algum.
Depois escrevo com mais calma!