A foto está meio tremida, mas foi tirada do carro em movimento. Linha Vermelha, sexta feira véspera de feriado com chuva, aproximadamente 19:30. Tudo absolutamente parado.
Entre quinta e ontem, mais de sete horas preso no trânsito. Chuva mais feriado prolongado, somado a acidentes, deu nisso. Só nos resta ter paciência, é o preço que se paga por viver em uma grande cidade.
Ainda mais o Rio, onde se junta uma geografia complicada com um lobby poderoso das empresas de ônibus. Isto é algo que, mais cedo mais tarde, terá de ser enfrentado. Apesar das doações de campanha.
Pelo menos havia uma grande compensação quando cheguei em casa. Um suculento prato de rabada somado a uma cerveja gelada. Vejam a foto, tirada antes da degustação, e notem o prazer da recompensa…

6 Replies to “Sete horas de agonia”

  1. Sobre o engarrafamento ali naquele trecho da Linha Vermelha (entre o Fundão e a entrada da Linha Amarela) um dos principais motivos é o altíssimo volume de ambulantes que ficam ali, vendendo pipoca, cerveja/refrigerantes etc. Além do risco do cara ser atropelado (se atropelam um deles ali, a “comunidade” desce o morro com pedras, hein?), ambulante em via expressa retarda o transito, pq o cara compra uma pipoca, o ambulante não tem troco, aí perde-se tempo… em sinal de transito ainda vá lá, mas ali, na Linha Vermelha/Amarela não é lugar praquilo. É por essas e outras razões que sou a favor de colocar muro ali, pra impedir passagem de pessoas e animais pra Linha Vermelha.

  2. Fabrício, palavra de quem passa ali todo dia: os ambulantes são o de menos. O que há é carro em excesso e pouca pista, reflexo da absoluta falta de transporte público na Ilha.

    Tira os ambulantes e continua a mesma coisa. Acho um mal menor.

  3. Mas se vc for ver, a Linha Vermelha tem dois problemas crônicos: a entrada pra Linha Amarela (viaduto pequeno), e o afunilamento que ocorre quando a Linha Vermelha chega ao Caju (antes de passar pela Av. Brasil – de 4 pistas, viram apenas 2 pistas).

    Sobre os ambulantes, não só pelo fato do retardo no transito, mas acho perigoso ter ambulantes ali, entende? Atropelamentos podem acontecer, a Linha Vermelha não é rua, vejo garotos novos, menores ainda, correndo entre as pistas (sentido centro, sentido baixada). Não pode ter aquilo.

    Não te falei, mas na sexta retrasada, estava eu e minha namorada indo pra Barra (eu estava dirigindo o carro dela), por volta das 22h, vínhamos do centro de Niterói, pela Linha Vermelha, pra pegar a Linha Amarela quando… fomos atingidos por uma pedrada no carro dela. Foi uma pedra pequena, vinda daquela favela que tem ali (Vila do João, acho), no mesmo local que uma moça foi atingida no inicio do mês (ela ainda esta em coma). Felizmente a pedra que atingiu nosso carro era bem pequena e não bateu no vidro, mas na porta lateral – amassou um pouco. Mas podia ter consequencias mais graves e eu ate poderia não estar aqui, escrevendo isso, mas no hospital. Bandidos ali utilizam esse artifício, lançando pedras, obrigando motoristas a pararem seus carros e assaltarem.

    Quando o governo diz que quer colocar muros em favelas próximas a Linha Vermelha e Amarela, por mais que pareça ser medida excludente socialmente, não reprovo, justamente por esses motivos: excesso de pessoas que saem das favelas e vão para essas vias (seja vender coisas, fazer trabalho honesto – mas que não é pra ser ali -, seja pra assaltar), sejam animais (tem ate vaca e cavalos nas margens da Linha Vermelha) ou seja os carros serem alvo de pedras vindas daquelas favelas.

    Em qualquer país civilizado e seguro no mundo, muros seriam medidas erradas e excludentes, mas infelizmente aqui no Rio, não reprovo, pelos motivos que citei acima.

    Ja pensou, vc ou sua esposa, dirigindo um carro e vir uma pedrada?

    Abs.

  4. Fabrício, estes problemas ocorrem, mas não só por isso. é excesso de carro por falta de transporte público.

    quanto ao episódio da pedrada, lamentável.

    Ambulantes: não acho que seja certo, mas decididamente é um mal menor. Tem coisa mais importante para ser atacada primeiro.

    Muro: não tenho opinião formada ainda.

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