Como escrevi abaixo no tópico sobre Macaé, sábado estive no aniversário de uma prima da Daniele em uma fazenda.
Ontem fizemos o check-out no hotel e, convidados por esta mesma prima, fomos conhecer (no meu caso) o balneário de Iriri, nome da lagoa de mesmo nome no município de Rio das Ostras. Antigamente esta lagoa era chamada de “lagoa da Coca Cola”.
Saindo de Imbetiba, em Macaé, onde estávamos hospedados, cerca de 40 quilômetros de asfalto muito ruim dentro da cidade e estrada razoável, apesar de pista simples, depois. O curioso é que você se acostuma a dirigir o seu carro e, quando pega o carro da esposa, como foi o caso, chega a estranhar: eu olhei umas três vezes para o painel procurando o “econômetro” da Uno…
O local é uma lagoa, próxima ao oceano, denominada Iriri. Como a distância entre mar aberto e a lagoa é ínfima, pode-se caminhar cem metros e escolher a praia que se quer saborear. A foto que abre este post dá uma boa idéia deste fenômeno.
Além disso, há um mirante de onde se pode ver toda a região e suas características, como a lagoa, o mar e as benfeitorias em volta.
Neste local há estrutura de quiosques, com cerveja gelada, peixe frito e uma certa urbanização. A chegada dos carros é em estrada asfaltada e há espaços de estacionamento. Inclusive parte da pista de rolamento é em uma espécie de pedra portuguesa, avermelhada.
Confesso que achei um exagero. Nada como ser irrigada pelo dinheiro do ouro negro…
Após bem umas duas horas no quiosque, próximo ao mirante de onde foram tiradas estas fotos, nos levantamos para ir almoçar – afinal de contas, ainda retornaríamos ao Rio naquela tarde. Antes, aproveitei para abastecer o carro com umas cocadas bastante aprazíveis. Lamentei apenas não ter levado roupa de banho nem protetor solar – meu nariz está mais vermelho que a camisa do América…
Pensei que almoçaríamos em um restaurante de estrada, mas me surpreendi ao andar uns dois ou três quilômetros de carro e encontrar uma estrutura que lembra, vagamente, a Rua das Pedras em Búzios: restaurantes de boa qualidade, artesanato local, piscinas naturais no oceano e uma praça ao término deste caminho, onde há uma escultura, imensa, de uma baleia.
Almoçamos em um restaurante que não ficaria nada a dever ao Rio de Janeiro: comi uma picanha de carneiro com acompanhamentos que, decididamente, era saborosa.
Iriri, local que eu absolutamente desconhecia a existência, sem dúvida alguma foi uma grata surpresa do final de semana, com belas paisagens, boa estrutura e bastante movimento.
Acredito que Praia Seca poderia seguir um caminho semelhante. Apesar da falta dos royalties do petróleo…
Migão,
faz muito tempo que não vou a “Lagoa da Coca Cola” … mas uns 5 anos atrás estive em Rio das Ostras para um casamento de um primo meu. Os roaylties do ouro negro fizeram muito bem a região … Praia Seca, sob meu ponto de vista, perdeu todo o seu charme com a chegada do asfalto a região … antes a estrada geralmente esburacada servia de proteção … a poluição da Lagoa de Araruama ali está ligada diretamente a isso … Praia Seca era a Cancun brasileira … aguas limpidas e transparentes que jamais voltarão mesmo com o alargamento do canal de Cabo Frio que está dando uma boa renovada, inclusive alavancando a pescaria, mas pouco para excessivo de esgoto residencial despejado todos os dias … se voce analisar friamente, toda a Região dos LAgos em volta da Lagoa de Araruama produziu o turismo mais burro e poluente possivel … o que deveria ser local de hoteis, resorts, clubes nauticos e tudo mais de bom que tras renda $$$ e emprego para região, temos casas de veraneios fechadas na maior parte do ano, que só rendem IPTU’s e zero de empregos … a propaganda turistica do local foi a de se fazer um fim de semana com 1 tanque de gasolina, já que a viajem de ida e volta do Rio não chega a 300 kms …
Migão,
a minha mãe é nascida em Praia Seca. meu avô era salineiro e conheço a região desde 1960, ano em que nasci. Lá aprendi a andar sozinho, andar de bicleta, andar no mato, a pescar, a surfar, a velejar e a dirigir carros (com 10 anos de idade). Me considero um minhoca daquela terra. A Praia Seca que conheci e que achava muito melhor não tinha luz não tinha nada … Ficava de dezembro a fevereiro direto fazendo farra com primos e amigos(as) cariocas e nem queria saber de Niterói … A Praia Seca de hoje é legal mas não chega aos pés do que era … acho que o mesmo vale para Arraial do Cabo e toda a aquela faixa de restinga que começa em Saquarema …
Vovô Xaruto
Boas histórias, Xaruto.
O problema é que Praia Seca, hoje, é um refúgio para a dita “terceira Idade”.
Entretanto, com a despoluição da lagoa e com infraestrutura, é uma história que pode ser mudada.