Os leitores do Ouro de Tolo sabem que, aqui, procuro ver o outro lado das questões cotidianas.
Escrevo isso porque ontem, antes de vir para o trabalho, vi a tremenda confusão em que estava a estação da Leopoldina com a nova determinação de que vans só podem trafegar até aquele ponto.
Além disso, foram retiradas quase 80% das vans em circulação no Rio e Grande Rio.
Meus 22 seguidores devem estar pensando: “Migão, mas não é bom regulamentar a questão?”
É, é muito bom. O problema é se ver o que está por trás desta questão.
Como escrevi em um artigo tempos atrás aqui mesmo, a regulamentação do transporte alternativo não será feita a fim de reordenar o sistema viário da cidade. Esta mudança toda é provocada, unica e exclusivamente, a fim de defender os interesses das empresas de ônibus, que são, de longe, o lobby mais poderoso do município do Rio atualmente.
Basta ver as regras para a licitação das novas vans lançada ela Prefeitura: as empresas que se dispuserem a participar precisam ter capital mínimo de R$ 1,8 milhão e toda a frota precisa ser substituída por microônibus no prazo máximo de um ano.
Quais são os únicos a atenderem estes requisitos ? As empresas de ônibus. Na prática, a “licitação’ vai apenas restabelecer o monopólio destas empresas sobre o transporte rodoviário da cidade. Lugares como a Zona Oeste e a Ilha do Governador, por exemplo, voltarão a ficar ao “Deus dará” em termos de transporte público.
Que fique claro que sou a favor da reorganização do fluxo de transportes na cidade. Entretanto, isto passa por linhas de ônibus mais racionalizadas e mais distribuídas por toda a cidade, sem concentração em locais de maior renda. Passa por novas licitações de linhas e concessões.
Entretanto, todas as tentativas de iniciar este processo de licitação foram devidamente barradas na Justiça ou na Câmara de Vereadores. Agora, a influência é, também, sobre o Poder Executivo.
Um trabalho sério de transportes passa, necessariamente, necessariamente, por novas e ampliadas linhas de metrô, investimento em trens urbanos, racionalização dos ônibus e distribuição destes por todos os bairros da cidade, com intervalos decentes e rapidez.
Também expressa a utilização das vans e kombis como alimentadoras do sistema, em locais onde não seja economicamente viável outros meios. Obviamente, com a necessária depuração daqueles que estão envolvidos em negócios ilícitos paralelos.
Só que, aqui no Rio, reorganização viária é cortina de fumaça para aumentar os lucros das empresas de ônibus.
Migao, dizem que a esposa do Atual Governador é parente próxima do Jacob Barata, um dos maiores ,senao o maior empresário do Ramo de Transporte de onibus, Maricá sofre há anos de Monopólio da familia Caetano, dona da viaçao Amparo, a força do sujeito é tão grande que a 1001, uma das maiores empresas do Brasil, só consegue passar por Maricá na estrada, nao pode nem parar para pegar passageiro em Maricá só desembarcar e mesmo assim na estrada , segunda feira fui ao Rio de Van, agora probida, gastei 7,00, caso Vá ao Rio e para o local que o onibus da Amparo nao me leva e a Van sim, precisarei gastar 10,00, ou seja isto ida e volta representa um desembolso de 6 a mais , multiplicado por 22 caso fosse todo dia daria 132,00, já dava para pagar a conta de LUZ ou quatro meses de conta de gas daqui de Casa, ou seja a parada é para que os empresarios se deem bem e o povo que se exploda.
Não sabia desta da esposa do Cabral.
O exemplo de Maricá é excelente para ilustrar o post.