
A introdução é para abrirmos um domingo muito bem acompanhados: Mário Quintana (1906-1994), um de meus escritores favoritos.
Depois tem mais.
Canção de barco e de olvido
(Para Augusto Meyer)
“Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.
Ai esquinas esquecidas…
Ai lampiões de fins de linha…
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?
Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares…
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares…
No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.”