No primeiro post da história deste blog escrevi que ele se chamava “Ouro de Tolo” porque me sentia um pouco como o personagem da música.

Hoje queria desenvolver um pouquinho mais este tema.

Para onde vamos ? O que vamos fazer ? Vamos nos satisfazer com uma vidinha onde ganhamos o nosso, consumimos com conforto, olhamos somente para o nosso umbigo e nos sentimos satisfeitos se chegarmos ao final da vida com os filhos encaminhados ?

Como diz a letra da música, eu devo me sentir um vencedor por ter “o apartamento próprio e um Corcel 73 depois de dois anos passando fome na Cidade Maravilhosa” ? Isso é vencer na vida ?

Para que estamos aqui ? Qual é a nossa missão ?

Estamos aqui para fechar os olhos a tudo que ocorre em nossa volta? Apenas para passar, ver televisão, trabalhar igual burro e consumir ?

Tenho 34 anos. Particularmente, conquistei muita coisa em minha vida pessoal. Também posso dizer que através da religião talvez seja útil para algumas pessoas em minha caminhada. Será que isso é suficiente ?

Ou de que forma explicar a melancolia de ver o tempo passar e achar que nada se faz ? Sonhar é possível nesta máquina de moer vidas que é a humanidade hoje ? Viver é possível ?

Ah, mas muitos irão dizer aqui “que você é um privilegiado, não reclame”. Não estou me queixando. Estou refletindo sobre o que é ver tudo passar, e tudo se consumir na mais insidiosa rotina.

Esta é a reflexão que peço aos meus 15 leitores: o que podemos fazer de nossas vidas ? O que teremos para mostrar na hora do derradeiro acerto de contas ?

2 Replies to “Ouro de Tolo – A Reflexão”

  1. Bom Dia, Migão
    .

    Pra mim, penso que aquela frase nada é por acaso é verdadeira. Desse modo, quem somos, onde estamos e com quem nos relacionamos tem um motivo pelo qual já predeterminado, vcs podem chamar de destino.Mas pessoalmente, o termo destino pode nos fazer impotentes e não é isso que sinto em determinadas situações.

    .É uma sensação que vem depois que certas coisas aconteceram ou deixaram de acontecer na sua vida.Querendo ou não, interagindo contra ou a favor, pouco vai influenciar nos acontecimentos. É como se “algo” tivesse que acontecer independente de nossa vontade.
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    Diante disso, agora serei mais específica na sua reflexão Migão: procuro viver respeitando meus pais, e as pessoas queridas que estão longe ou estão perto na minha vida.
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    Ainda estou insatisfeita com muita coisa na minha vida pessoal e profissional, mas acredito que um dia, se não me sentir completa, pelo menos terei certeza sem culpa, que fiz tudo que podia.
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    Não sou aquela que pensa para onde vai e de onde veio, mas já que estou aqui, procuro viver bem e qdo minha irmã mais velha não está por perto, sem brigas!

    Deixa eu ir, que amanhã aqui é dia de festa pra mamãe.
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    inté

    beijos

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