
Penso que esta redução, de um ponto percentual, veio com pelo menos seis meses de atraso, mas é melhor que não haver baixa de juros.
Esta taxa significa que o juro real – descontado a inflação – é de aproximadamente 4,75% ao ano, que ainda é uma das taxas mais altas do mundo.
Por outro lado, este patamar já permite que haja indução do investimento, pois passa a haver condições de se fazer investimento em setores produtivos. Primeiro, porque aumenta o custo de oportunidade de manter o dinheiro parado no banco; segundo, porque passa a haver a possibilidade de se pegar capital de terceiros para efetuar novos investimentos.
Ainda não é o ideal, mas deve aquecer o mercado de crédito no país, tanto ao consumo quanto de investimentos. Entretanto, nosso Banco Central poderia ser bem menos conservador, haja visto que não há grandes pressões inflacionárias e, portanto, não se precisa manter uma política de juros elevados.
Além disso, juros mais baixos diminuem o serviço da dívida pública, aliviam a pressão sobre o câmbio e permitem ao Estado dispor de mais recursos.
Ou seja: é uma boa notícia, mas veio com atraso e de forma (ainda) conservadora.