O sol se põe, chega a noite…
Hora em que todos os gatos se tornam pardos
Hora de se delegar o açoite
Hora de observar os enamorados
Traçando juras momentâneas eternas
Riscando cores temporalmente ao luar
As mãos entrelaçadas ternas
Para décadas depois recordar.

Hora em que a solidão se recolhe ao pranto sufocado
Pois é tempo de buscar sonoro fausto
Brisa sentida em vento colocado
Vento nem de longe sentimento casto
Vida passageira em passagem noturna
Festa e boate sensação mascaram
Alma aprisionada em máscara soturna
Fantasmas corriqueiros que jamais encaram.

Noite de sábado é diversão inocente
Nada se ganha em fazer reflexão
Tudo se passa em minuto ardente
Esqueça solenemente este singelo pulsão
Viva passageiro sem solene agonia
Viva controlando o espírito tal;
Curiosa odisséia em corpo moradia
Alegria é realidade afinal.

2 Replies to “Sábado à noite”

  1. Noite de sábado é diversão inocente. . .
    .
    Feliz de quem mantém a inocência, acho que isso tbém falta a nós, pobres mortais.
    .

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