Ambas as matérias são do site do jornal O Globo.
Petrobras acha petróleo em bloco abandonado por estrangeiras
Plantão | Publicada em 18/05/2009 às 18h03m
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras informou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis nesta segunda-feira a descoberta de indícios de petróleo no bloco BM-S-3, na bacia de Santos, adquirido no primeiro leilão de concessões realizado pela autarquia, em 1999.
Comprado inicialmente por um consórcio formado pela Amerada Hess, Keer-McGee e Petrobras, depois de uma intensa disputa com a Texaco, o bloco atualmente é 100 por cento da estatal brasileira, que adquiriu as participações das estrangeiras.
O BM-S-3 fica próximo ao BM-S-7 (Piracucá), cuja comercialidade foi declarada pela Petrobras e a Repsol no mês passado.
As operadoras que possuem concessões de exploração são obrigadas por lei no Brasil a comunicar descobertas de petróleo ou gás. A ANP diz que as notificações, no entanto, indicam apenas indícios da presença de hidrocarbonetos, que podem não se constituir em acumulações com viabilidade comercial.
(Por Denise Luna)
Petrobras adquire participação de 50% em bloco exploratório na Namíbia
Plantão | Publicada em 18/05/2009 às 19h53m
SÃO PAULO – A Petrobras adquiriu 50% de participação na exploração do bloco 2714A, no litoral sul da Namíbia. A fatia foi comprada por US$ 16,04 milhões do grupo independente de exploração de petróleo e gás Chariot, sendo que o valor é referente a um bônus de assinatura e ao reembolso de custos passados, que incluem uma sísmica 3D. Os 50% restantes da participação permanecem com a Chariot, tendo a subsidiária local Enigma como operadora do bloco.
Além dos US$ 16,04 milhões, será pago um bônus de produção equivalente a 4,75% (após royalties) da parcela de produção da Petrobras, limitado a 2 milhões de barris de óleo equivalente ou ao valor de US$ 118 milhões, o que ocorrer primeiro.
“O compromisso de trabalho assumido pela Petrobras é realizar estudos geológicos e geofísicos que permitam a modelagem do sistema petrolífero da área, com opção de saída antes de perfurar um poço”, diz a nota divulgada pela estatal.
O período inicial de exploração no bloco se encerra em agosto de 2010 e o documento assinado pelas duas empresas ainda está sujeito à aprovação do Ministério de Minas e Energia da Namíbia.
O bloco tem área de 5.500 quilômetros quadrados, em águas que variam de 150 a 1.500 metros de profundidade, na bacia costeira do Sudoeste da África, entre as sub-bacias de Orange e Luderitz, a uma distância média de 80 quilômetros da costa.
Um programa sísmico de 3D, com 1.000 quilômetros quadrados de área, foi realizado recentemente pela empresa Enigma no bloco. O processamento e a interpretação destes dados estão em andamento e há a previsão, ainda para este ano, de outro programa sísmico no bloco, de cerca de 1.500 quilômetros quadrados adicionais.
A Petrobras poderá optar por renovar o contrato depois da avaliação dos dados sísmicos, o que inclui compromisso com o programa de exploração para a perfuração de um poço exploratório. A Enigma continuará sendo a operadora do bloco até o final do período inicial de exploração, e a Petrobras assumirá esta posição posteriormente, caso resolva continuar a parceria na fase seguinte.
(Rafael Rosas | Valor Online)