Caros amigos, estamos a poucos dias de ver realizado um grande sonho de nossas vidas: assistir a uma Copa do Mundo diante dos nossos olhos. Ver craques da estirpe de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar. Torcer pela nossa Seleção espantar de vez o fantasma da derrota na final da Copa de 1950. Acompanhar épicos de alegria e tristeza. Enfim, tudo o que sempre quisemos ver in loco.

Pelas minhas funções no SporTV dificilmente verei algum jogo de perto, mas o trabalho não será menos intenso, o que me dá uma grande alegria pessoal. Afinal, profissionalmente é uma enorme vitória fazer parte de um time como o do canal campeão numa cobertura com essa magnitude.

A preparação do Brasil para o Mundial teve erros e acertos, como se esperava. Não faço parte dos pessimistas exagerados, tampouco daqueles do #naovaitercopa. Mas penso que o nosso país perdeu uma chance de fazer algo exemplar, que sepultasse nossos históricos problemas de organização de eventos – muito embora, outros países também tenham cometido erros em suas campanhas.

Noves fora, meu sentimento a essa altura é o daquele sujeito que está louco para ver a bola rolar. É claro que não tenho a mesma empolgação por exemplo a que tive na Copa de 1994 – em 1986 eu ainda tinha cinco anos e em 1990, a Seleção do Lazaroni caiu fora cedo. Em vinte anos, convenhamos, a gente muda muito, a vida ganha outras prioridades. Mas, repito, estou louco para ver a bola rolar.

No fim das contas, a Copa do Mundo enquanto evento vai dar certo. É lógico que um ou outro contratempo pode acontecer, mas espero ver as torcidas em congraçamento, como sempre vemos nos Mundiais, e, dentro das quatro linhas, torço para vermos boas, quiçá, ótimas partidas.

É claro que, por jogar em casa e por ser quem é, o Brasil é um dos favoritos ao título. É um time que ainda tenta se reacertar, principalmente na recomposição defensiva, e Luiz Felipe Scolari sabe disso. Mas na hora do vamos ver, a Seleção tem tudo para chegar bem longe na Copa. Se o hexa vai vir ou não, é impossível cravar.

argentina2014Das demais seleções, vejo um equilíbrio entre Argentina, Holanda, Espanha, França e Itália. Mas penso que o grande obstáculo no caminho do Brasil atende pelo nome de Alemanha. A ótima geração, que em 2010 já estava jogando muito bem mas não era cascuda, está no auge e está recheada de ótimos jogadores. Ademais, o técnico Joachim Low manteve o excelente padrão de jogo que já conhecíamos.

Duas seleções do chamado segundo escalão estão bem acertadas para a Copa. A Bélgica vem com uma nova geração que deu o que falar nas Eliminatórias e está jogando muito bem há algum tempo. Da mesma forma, a Colômbia conseguiu voltar a uma Copa, mas vamos ver como o time vai comportar sem a sua referência: o lesionado Falcao Garcia.

No mais, pessoal, independentemente da sua opinião partidária ou sobre o que se cometeu de erros de gestão na preparação para a Copa, peço que você, sobretudo aquele que gosta realmente de futebol, reflita e aprecie cada minuto da bola rolando pelos nossos gramados.

A história do futebol estará sendo reescrita diante dos nossos olhos. E vamos contar aos nossos filhos e netos que vimos a mais importante competição do mundo na nossa terra. Esse tipo de coisa não tem preço…