Primeira escola a desfilar no Grupo Especial em 2015, a Unidos do Viradouro sofreu muito com o temporal que castigou o Rio de Janeiro desde o começo da noite. Vamos às opiniões dos nossos colunistas.

Alex Cardoso: a Viradouro veio aquém do que se esperava. Houve pelo menos dois carros pobres que destoaram do conjunto alegórico. Num ano em que retorna ao Especial, não era hora de inventar. A ousadia do samba é interessante, apenas escolhida no ano errado. Primeiro fica, depois inventa. Se a São Clemente e Vila passarem melhores plasticamente, a Viradouro não poderá creditar uma derrota à chuva. O samba-enredo não funcionou.

Fred Sabino: infelizmente a Vermelho e Branco de Niterói sofreu muito com a chuva e os problemas nas fantasias e alegorias ficaram evidentes, o que deve render uma perda significativa de pontos. Gostei muito do andamento da bateria, cadenciado como o samba-enredo pedia. A atuação do cantor Zé Paulo Sierra agradou, mas o samba, apesar de gostoso de ouvir, foi perdendo força ao longo do desfile. De qualquer forma, foi um desfile muito agradável, com uma evolução que ao menos não foi apressada. Vamos ver se, com os problemas decorrentes da chuva, a escola conseguirá se manter no Especial, o que é difícil caso o equilíbrio esperado aconteça.

Leonardo Dahi: Voltando ao Grupo Especial, a Viradouro teve um início promissor. Tanto a comissão de frente (apesar do problema com o baobá), quanto o primeiro casal e o abre-alas estiveram muito acima do que as escolas vindas da Série A costumam apresentar. Porém, a partir do segundo setor foi, com folga, o pior conjunto visual a passar pelo Especial em, no mínimo, dez anos. E já o seria mesmo sem chuva. Mas o chão da escola me pareceu excelente, apesar de alguns problemas em evolução. A bateria veio mais cadenciada, fez boas bossas e o carro de som foi bem, mas o samba não “aconteceu”. Levando em conta o júri mais rigoroso com quem volta pro Especial e com quem não tem bom visual, acho muito improvável que a Viradouro não volte pra Série A.

Rafael Rafic: o samba começou muito bem mas caiu depois de meia hora e não deu mais certo. A escola sofreu muito com a chuva e acabou passando desanimada por causa das fantasias molhadas. A qualidade plástica foi sofrível e, com isso, a permanência na elite ficou difícil.

Rodrigo Farias: o nível de fantasias e alegorias foi bastante irregular, oscilando bons e maus momentos. A escola se apresentou com um canto forte, porém sem empolgar a avenida. Já a evolução foi consistente e regular.

One Reply to “Viradouro sofre com a chuva na abertura dos desfiles”

Comments are closed.